CVC encontra indícios de erros contábeis no balanço; Hypera compra ativos da Takeda por US$ 825 mi e mais

Confira os destaques desta segunda-feira (2)

Equipe InfoMoney

(Roberto Tamer / Divulgação)

Publicidade

A operadora turística CVC (CVCB3) comunicou que encontrou erros e irregularidades contábeis nos valores repassados a operadores turísticos entre 2015 e 2019. Segundo a CVC, os erros podem alterar os seus resultados e foi constituído um comitê de auditoria para investigar o problema.

Já a construtora e incorporadora imobiliária You, inc, de São Paulo capital, entrou com pedido para oferta pública de ações na CVM e com pedido de registro de empresa de capital aberto na B3. No ano passado, a construtora You teve uma receita líquida de R$ 552,6 milhões, um crescimento de 52% sobre 2018.

CVC (CVCB3

A operadora turística CVC informou ao mercado, na noite da sexta-feira, que encontrou indícios de erros e irregularidades contábeis nos valores transferidos a operadores turísticos entre 2015 e 2019, em uma soma aproximada de R$ 250 milhões, que podem impactar o balanço do quarto trimestre de 2019.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

“Caso sejam confirmados, esses erros poderão ensejar a necessidade de ajustes contábeis significativos nos resultados reportados pela Companhia”, comunicou a empresa.

Segundo a CVC, os erros ocorreram na diferença entre valores provisionados no momento em que foram contratados serviços turísticos e valores que foram efetivamente desembolsados aos fornecedores após a realização das viagens. A CVC afirmou que a descoberta não alterará sua posição atual de caixa, mas determinou uma apuração independente pelo Comitê de Auditoria.

O Bradesco BBI aponta que o fato é negativo para a empresa, significando que o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi superestimado na mesma magnitude de R$ 250 milhões para o período, e que a receita líquida também foi superestimada em R$ 165 milhões (ao redor de 8%) para o quadriênio.

Continua depois da publicidade

“Contudo, é importante ressaltar que a geração de caixa não foi afetada porque os fornecedores foram pagos corretamente e a receita superestimada foi equiparada por um capital da mesma magnitude”, avalia o BBI. “Apesar de todos os ventos contrários, nós permanecemos construtivos sobre a CVC, na expectativa de que sinais de melhora virão no final do primeiro trimestre, porque as vendas se deterioraram em março do ano passado”, comenta o BBI.

Conforme destacam os analistas, o papel CVCB3 já perdeu 41% do valor nos últimos doze meses, afetado primeiro pela alta do dólar, recentemente pelo surto do coronavírus que reduziu as vendas de viagens. Por isto, o fato não deve ter efeitos muito fortes sobre a ação, que deverá ter mais uma queda hoje na B3, mas tende a se recuperar no futuro. “Apesar das dificuldades, a CVC permanece como operadora líder de turismo no Brasil, tanto no lazer como nas viagens corporativas”, avalia. O BBI mantém a nota da CVCB3 como “outperform” (acima da média), com preço-alvo de R$ 42,00 para 2020, 63% acima dos R$ 25,70 do fechamento na B3 em 28 de fevereiro.

Hypera (HYPE3)

A Hypera confirmou na manhã de hoje que comprou por US$ 825 milhões (R$ 3,7 bilhões, ao câmbio de hoje) o portfólio de 18 medicamentos sem prescrição da japonesa Takeda Pharmaceutical International.

Continua depois da publicidade

A Hypera, maior indústria farmacêutica do Brasil e sediada na capital paulista, afirmou já ter assegurado com os bancos linhas de crédito de R$ 3,5 bilhões para financiar a aquisição. Entre os remédios isentos de prescrição adquiridos pela Hypera estão o Neosaldina, Dramin e Nesina.

Segundo a empresa, a venda dos 18 medicamentos gerou um faturamento líquido de R$ 900 milhões no ano passado no Brasil e no México, com o Brasil representando 83% do valor.

“A Hypera Pharma e a Takeda também assinarão acordo de fabricação e fornecimento em conexão com a transação, por meio do qual a Takeda continuará a fornecer produtos à companhia”, informou a empresa brasileira, que absorverá 300 profissionais da equipe de vendas e marketing da farmacêutica nipônica quando a transação for concluída. A Hypera informou que a aquisição será concluída no final de 2020.

Publicidade

Eneva (ENEV3) e AES Tietê (TIET11)

A Eneva enviou à geradora AES Tietê uma proposta de combinação de negócios entre as companhias que resultaria na criação de uma “gigante no setor de geração” no Brasil, informou a empresa controlada pelo grupo norte-americano AES nesta segunda.

De acordo com a Eneva, a operação levanta a possibilidade da troca de 0,0461 ação ordinária de emissão da Eneva para cada ação ordinária ou preferencial de emissão da AES Tietê, equivalente a 0,2305 por unit. Haveria também mais uma parcela em dinheiro de R$ 2,750 bilhões, o que representaria R$ 1,38 por ação, seja ordinária ou preferencial, e R$ 6,89 por unit.

A relação de troca contemplaria prêmio de 13,3% sobre o preço de fechamento das ações da AES Tietê no pregão anterior à proposta.

Continua depois da publicidade

A AES Tietê disse que analisará a oferta “de foram detalhada, mantendo o mercado informado sobre eventuais desdobramentos”.

Eucatex (EUCA4)

Uma ação de cobrança internacional da Prefeitura de São Paulo para recuperar cerca de US$ 230 milhões atribuídos a Paulo Maluf resultará no leilão de quase metade das ações da Eucatex, a empresa de pisos e laminados da família do ex-prefeito. O dinheiro, segundo o Ministério Público de São Paulo e a Procuradoria Geral do Município, é fruto do superfaturamento de obras entre 1993 e 1996.

Se tiver sucesso, a ação resolverá um entrave ao processo iniciado há mais de 20 anos para recuperar o dinheiro: o fato de que a maior parte dos recursos identificados como fruto de crimes se convertera em ações e não estava disponível para saques ou transferências.

Publicidade

Embora muito do que foi desviado ainda esteja bloqueado, a Prefeitura de São Paulo já recebeu de volta parte da verba. Até ano passado, cerca de US$ 35 milhões atribuídos a Maluf e descobertos nas contas de duas empresas suas voltaram à cidade. Em fevereiro, outros US 8,4 milhões, relacionados a uma terceira firma, também foram repatriados. Além disso, quatro bancos que participaram das movimentações dos recursos fizeram acordos com São Paulo para evitar indiciamentos – e concordaram com o pagamento de multas que somaram outros US$ 55 milhões, também devolvidos à cidade entre 2014 e 2017.

Oi (OIBR3;OIBR4)

A pauta da nova assembleia de credores da Oi incluirá uma proposta de venda de operações móveis da companhia, diz o Valor, citando pessoa ouvida sob condição de anonimato. A venda da área de telefonia móvel criaria impasse no leilão do 5G, diz a Folha.

Via Varejo (VVAR3)

A Via Varejo prevê crescimento da receita total consolidada neste ano em um intervalo entre 10% e 20% de acordo com o Formulário de Referência de 2019 feito hoje pela varejista. Anteriormente, o documento previa um aumento de “dois dígitos” da receita, mas não especificava nenhum número ou intervalo. Os demais guidances foram mantidos.

Para a receita online consolidada, a expectativa é de alta de aproximadamente 30% no valor bruto de mercadoria. A margem Ebitda ajustada deve aumentar entre 5% e 7%. A Via Varejo estima ainda um capex entre R$ 700 milhões e R$ 800 milhões para este ano. O valor precisa ser aprovado na Assembleia Geral Extraordinária marcada para 29 de abril. Outro ponto que será abordado é a abertura de 70 a 90 lojas neste ano.

RD (RADL3)

A XP Investimentos iniciou a cobertura para as ações da RD com recomendação neutra e preço-alvo de R$ 112 por ação ao final de 2020 (potencial de queda das ações de 6% frente ao fechamento de sexta-feira).

A recomendação é neutra uma vez que o crescimento acelerado já está precificado. “Esperamos que a abertura de 880 novas lojas até 2023 sustente um crescimento médio anual de 16% nas vendas, 22% de EBITDA e 29% de lucro líquido para os próximos três anos. “Entretanto, com as ações negociando a 46 vezes o preço sobre o lucro para 2021 (versus 25 vezes na média do setor), acreditamos que boa parte desse crescimento já esteja incorporado no preço atual”, avaliam os analistas.

IRB Brasil (IRBR3)

O IRB Brasil comunicou ao mercado a renúncia de Ivan Monteiro ao cargo de presidente do conselho de administração da companhia.

Pão de Açúcar (PCAR3)

O Pão de Açúcar começa a negociar as suas ações no Novo Mercado a partir desta segunda-feira.  “A conversão das ações preferenciais em ações ordinárias era o último passo para a conclusão da migração do GPA ao Novo Mercado e, a partir de hoje, o GPA está formalmente operando em tal segmento”, informou a companhia.

Banco do Brasil (BBAS3)

O Banco do Brasil informou que pagará R$ 517,4 milhões de remuneração aos acionistas, relativos ao primeiro trimestre de 2020, no dia 31 de março. Segundo o BB, os juros sobre o capital próprio terão como base a posição acionária de 11 de março. Donos de ações transferidas após o dia 12 não participarão do pagamento.

You, Inc

A construtora e incorporadora imobiliária You, inc, de São Paulo (SP), comunicou à CVM que pretende fazer uma oferta pública de ações (IPO) na B3. Paralelamente, a construtora fez um pedido à B3 para ter o seu registro de listagem e comercialização. A You, inc informou que em 2019 obteve uma receita líquida de R$ 552,4 milhões, uma expansão de 52% sobre 2018. O lucro líquido da empresa no período caiu 1%, em comparação a 2018, para R$ 30,6 milhões. A You,inc informou que tem terrenos no valor de R$ 2 bilhões para futuras construções na capital paulista a partir deste ano. O foco da construtora e incorporadora é levantar prédios com apartamentos compactos próximos a estações do metrô e dos trens. A empresa encerrou 2019 com um índice de distratos de 12,67%, queda de 2,78% sobre 2018.

Grupo Soma

O Grupo Soma, proprietário das marcas de vestuário feminino Animale e Farm, registrou na sexta-feira (28) um pedido de abertura de oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês) primária e secundária na CVM. A oferta terá o banco Itaú BBA como coordenador, com o J.P. Morgan, Bank of America e XP Investimentos como participantes.

O Soma possui 221 lojas próprias no Brasil e duas nos Estados Unidos. O grupo informou no prospecto enviado que teve lucro líquido de R$ 126,8 milhões em 2019, com uma receita líquida de R$ 1,3 bilhão e um Ebitda de R$ 214,5 milhões. O soma informou que pretende usar os recursos levantados na oferta para a aquisição de outras marcas e para investimentos em tecnologia.

Seja sócio das melhores empresas da Bolsa: abra uma conta na Clear com taxa ZERO para corretagem de ações!

(Com Agência Estado e Bloomberg)