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SÃO PAULO – Avanço de 125% no lucro líquido; alta de 11,4% na receita líquida; um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) 30% acima do apurado em igual período em 2008 e, de quebra, redução de quase 21% no endividamento. Para o diretor de RI da CSU CardSystem (CARD3), Décio Burd, não é fácil encontrar um destaque isolado dos resultados do segundo trimestre do ano.
“Melhoramos em todos os quesitos. As perspectivas para o mercado são as melhores possíveis”, disse satisfeito em entrevista à InfoMoney. De fato, desde a reestruturação, a administradora de meios eletrônicos de pagamento vem exibindo um ritmo consistente de crescimento. Além das mudanças estruturais no segmento de call center, as perspectivas para a área de cartões alimentam otimismo quanto aos próximos balanços. As ações da CSU subiram 2,92% na quinta-feira (30).
No acumulado do ano, os papéis já dobraram de valor. “A queda da taxa de juros para o consumidor final, a massificação do crédito, a entrada do varejo no setor, a regulamentação do Banco Central e o fim do monopólio das redes adquirentes são drivers de crescimento fantásticos para o mercado”, comemora o executivo de Relações com Investidores.
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A redução da Selic para o patamar de um dígito ajudou a empresa a reduzir suas dívidas, mas ainda interfere pouco nos negócios. Na opinião pessoal de Burd, isso ocorre porque os spreads (diferença entre os juros que o banco paga para ter o dinheiro e os cobrados do cliente na hora do empréstimo) são muito grandes. “Isso demora um pouco mais para refletir. A hora que o juro para o tomador diminuir mesmo, aí sim vai estourar de crescer”, afirma.
Holofote
A indústria de cartões passa por um momento efervescente na mídia. O Banco Central estuda novas medidas para o setor e deve apresentar um relatório até o dia 30 de setembro. Um dos objetivos da regulação é fomentar o fim da exclusividade da atuação na área de adquirente (estabelecimento).
Se confirmado, a CSU, que atualmente atua nos serviços do extrato que o portador do cartão recebe, poderia participar também neste nicho, hoje dominado pelos grandes players com processamento exclusivo. “Passo a ter o mercado ampliado, mas é só uma possibilidade, ainda não tem nada”, enfatiza Burd.
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Falando em grandes players, a entrada da VisaNet (VNET3) na BM&F Bovespa carrega aspectos interessantes, ao trazer atenção a esse mercado, destaca o diretor de RI. “Quanto mais gente começar a olhar, mais ajuda. O valor de mercado da empresa ainda é muito baixo em relação ao que tem para apresentar de resultados. Estamos extremamente bem posicionados”.