CSN dispara 78% e lidera ganhos no trimestre; 8 ações sobem mais de 40%

Confira os principais destaque do primeiro trimestre de 2016 na Bolsa

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Março chega ao fim e com ele o primeiro trimestre de 2016, ano que começou com forte pessimismo do mercado, mas que chega ao quarto mês do ano com investidores otimistas em relação à possível saída da presidente Dilma Rousseff do poder. Com isso, o Ibovespa fecha este trimestre com ganhos de 15,47%, aos 50.055 pontos, configurando os melhores três meses de Bolsa desde 2009.

Neste período, 8 das 61 ações que fazem parte do índice tiveram ganhos de mais de 40%, enquanto apenas 13 papéis registraram perdas. O destaque ficou para a CSN (CSNA3), que liderou com facilidade a ponta positiva com valorização de 78,75%, cotada a R$ 7,15, em um período bastante positivo para as siderúrgicas, que lutam para se recuperarem das perdas dos últimos anos.

Especialistas passaram a ver com melhores olhos as medidas adotadas por estas empresas, que estão se desfazendo de alguns ativos buscando reduzir suas dívidas. No período, Gerdau (GGBR4, R$ 6,52, +40,22%) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4, R$ 2,43, +46,39%) também subiram forte, com a Usiminas (USIM5) tendo alta menor, de 16,77%, a R$ 1,81.

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Entre os outros destaques positivos, o Bradesco (BBDC3, R$ 30,25, +47,92%; BBDC4, R$ 27,07, +40,81%) também ficou entre as maiores altas do trimestre, seguido pela Raia Drogasil (RADL3), que após ser uma das melhores ações de 2015, segue com fortes ganhos este ano, subindo 47,54% nestes três meses, cotada a R$ 52,20.

Já na ponta negativa, os principais ativos que mais perderam valor foram aqueles de empresas com um perfil mais exportador, como as companhias de papel e celulose, que no ano passado lideraram os ganhos com a disparada do dólar, mas agora sofrem na Bolsa com a virada da moeda para abaixo de R$ 3,60.

Fibria (FIBR3, R$ 30,34, -41,53%), Suzano (SUZB5, R$ 12,66, -32,26%) e Klabin (KLBN11, R$ 19,37, -17,40%) apareceram nas maiores quedas neste início de ano, junto com a Embraer (EMBR3, R$ 23,85, -20,86%), que também fica pressionada com a queda do dólar.

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Completando o grupo das piores ações do trimestre, a Rumo (RUMO3, R$ 3,34, -46,47%) e a Oi (OIBR4, R$ 1,15, -41,03%) também caíram forte no período. Para conferir o desempenho completo das ações da Bovespa, acesse a ferramenta InfoMoney de Altas e Baixas clicando aqui.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.