CSN dispara 6%, Petrobras sobe 4% e small cap já salta 25% em 6 pregões

Confira a atualização dos principais destaques de ações da Bovespa nesta terça-feira

Paula Barra

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11h40: Vale (VALE3, R$ 18,09, -0,39%; VALE5, R$ 14,64, -0,34%)
As ações da Vale perderam força juntamente com o Ibovespa, que passou a amenizar ganhos após projeção do FMI (Fundo Monetário Internacional) para a economia brasileira, que apontou para retração de 3% este ano, contra recuo de 1,5% em estimativa feita em julho. Das 11h10 até às 11h25 (horário de Brasília), as ações preferenciais da mineradora recuaram 1,68%.

As exportadoras brasileiras, inclusive a Vale, respondem ao Tratado Trans-Pacífico. Países que representam 40% do PIB global fecharam ontem o acordo comercial, que unirá economias dos dois lados do Pacífico e será um elemento crucial da estratégia americana de conter a influência da China na Ásia, região vista por Washington como a principal fonte de dinamismo econômico do século 21. Segundo especialistas, o acordo deve dificultar as exportações brasileiras para esses países, especialmente de produtos manufaturados. 

Ainda sobre a mineradora, ontem o Barclays cortou o preço-alvo dos ADRs (American Depositary Receipts) da Vale, de US$ 4,40 para US$ 4,00, mantendo a recomendação em underweight (desempenho abaixo da média).

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10h44: Siderúrgicas 
As ações das siderúrgicas seguem movimento da véspera e sobem forte nesta sessão, com destaque para CSN (CSNA3, R$ 4,35, +6,36%), que avança mais do que as demais Usiminas (USIM5, R$ 3,40, +3,03%) e Gerdau (GGBR4, R$ 6,09, +2,18%). O movimento ocorre enquanto crescem expectativas de que o setor siderúrgico anuncie desinvestimentos para aliviar a dívida. Em três pregões, as ações da CSN já disparam 18%.

Segundo apurou o Broadcast, existe grande interesse de investidores estrangeiros pelo Terminal de Contêineres (Tecon), em Sepetiba. A venda desse ativo da CSN  deverá estrear a lista de desinvestimentos da empresa, que busca reduzir o seu endividamento, e ajudar a companhia a levantar R$ 1 bilhão com a venda integral do Tecon até o fim do ano, segundo fontes.

10h42: Petrobras (PETR3, R$ 9,74, +3,62%PETR4, R$ 8,06, +3,07%)
As ações da Petrobras sobem pela quinta vez em seis pregões. Ontem, a estatal anunciou redução de US$ 18 bilhões, ou 16%, na previsão de gastos operacionais e investimentos para este e o próximo ano, devido à queda nos preços de petróleo e à desvalorização do real frente ao dólar. 

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A previsão de investimentos para este ano foi reduzida de US$ 28 bilhões para US$ 25 bilhões, e para 2016 de US$ 27 bilhões para US$ 19 bilhões. Já os gastos operacionais foram reduzidos de US$ 30 bilhões para US$ 29 bilhões este ano, e de US$ 27 bilhões para US$ 21 bilhões em 2016, informou a estatal em fato relevante. 

Segundo o analista Flávio Conde, da consultoria WhatsCall, os cortes de investimentos e gastos para 2015 e 2016 foram expressivos, uma vez que a estatal deve gerar um Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 80 bilhões no ano que vem, mas as reduções podem ser apenas um ajuste do câmbio como escrito no item investimentos. Se isto foi feito, o ajuste seria nulo, comenta. Já sobre a manutenção dos desinvestimentos, ele disse que não deve impactar não preços das ações. 

O corte vem menos de quatro meses após a estatal ter anunciado o seu Plano de Negócios e Gestão 2015-2019 com redução de 40% nos investimentos previstos no plano anterior. Na ocasião, a empresa disse que fatores de riscos poderiam impactar adversamente as projeções.

10h33: Educacionais
A Anima (ANIM3) informou que o número de alunos matriculados no segundo semestre de 2015 caiu 2,3% na comparação anual, para 82.000 alunos. A baixa foi puxada principalmente pelo Pronatec, cujo número de matrículas caiu 61,3%, para 2,1 mil. Segundo o BTG Pactual, o número ficou abaixo do previsto e não deve ser uma boa proxy para os demais nomes do setor listados na Bolsa, sendo Kroton (KROT3, R$ 8,81, -0,34%), Estácio (ESTC3, R$ 15,99, +0,25%) e Ser Educacional (SEER3, R$ 9,09, +1,00%).  

10h31: Alpargatas (ALPA3, R$ 7,78, +5,71%)
O Estadão informou ontem que o grupo Camargo Corrêa está analisando oportunidades estratégicas, que podem alterar a composição do controle da Alpargatas, dona da Havaianas. Ontem, as ações dispararam 8,9% e seguem o movimento positivo hoje. Nos últimos seis pregões, a alta é de 25%.

Fundos de investimentos como Carlyle e KKR estão entre os interessados no negócio, segundo fontes, mas não existe nenhum acordo fechado. A Camargo Corrêa também pode se desfazer de uma fatia minoritária na CPFL Energia (CPFE3, R$ 14,90, -1,0%). As ações também podem reagir positivamente à entrada de um novo sócio. 

10h13: Oi (OIBR4, R$ 3,64, +5,81%)
As ações da Oi dão continuidade à forte alta da véspera, quando subiram mais de 8%. A Oi comunicou que vai converter 66,84% de suas ações preferenciais em ordinárias. A companhia estima que em 9 de outubro os papéis preferenciais existentes na carteira de conversão serão convertidos em ordinários nas contas de custódia dos acionistas solicitantes mantidas na BM&FBovespa ou no Banco do Brasil; e a partir de 13 de outubro as ordinárias resultantes da conversão poderão ser negociadas na BM&FBovespa. 

Segundo o Itaú BBA, é mais um acontecimento no plano da Oi para melhorar a governança corporativa. “A conversão de ações transfere liquidez às ações ON, que implica uma melhor governança e traz a Oi para mais perto de atender a regra ‘uma ação, um voto’ exigida pelo Novo Mercado”, disseram os analistas.

10h02: Totvs e Bematech 
O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou sem restrições a compra da Bematech (BEMA3, R$ 10,35, +2,37%) pela maior companhia brasileira de software corporativo, a Totvs (TOTVS3, R$ 31,09, -1,02%), segundo parecer publicado nesta terça-feira. A operação foi anunciada em 14 de agosto, em uma transação em dinheiro e ações que embutiu ágio de cerca de 60% sobre o valor dos papéis da Bematech na bolsa no encerramento da semana do anúncio. 

O Cade concluiu que a operação “não levanta maiores preocupações em termos concorrenciais no Brasil”, uma vez que a participação de mercado resultante da combinação das atividades de Totvs e Bematech, tanto no mercado nacional de softwares de e-commerce como no de inteligência de mercado, é inferior a 20%.

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