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SÃO PAULO – Os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) da Agrenco (AGEN11) fecharam em queda de 69,23%, a R$ 0,20, após os credores rejeitarem, em assembleia realizada em São Paulo, o plano de recuperação judicial da companhia, que propunha a reestruturação da dívida do grupo. Na cotação mínima do intraday, os papéis chegaram a cair 80%, sendo cotada a R$ 0,13.
O volume das ações da companhia também chamaram a atenção. Os BDRs registraram volume acumulado de R$ 36,48 milhões apenas nesta sessão, volume mais de cinco vezes a média diária dos últimos 21 pregões, com volume de R$ 6,86 milhões.
Segundo a proposta, a trading pagaria 42,6%, cerca de R$ 494,34 milhões, de uma dívida total de R$ 1,15 bilhão num prazo de até doze anos. Os credores sem garantia, classe III, teriam um desconto médio de 78,5% sobre o total.
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A companhia considerava o plano como a última chance de retomar as suas atividades. O grupo esperava voltar a ter acesso a linhas de crédito para retomar as fábricas, com capacidade para processamento de toneladas de soja.
De acordo com o comunicado enviado ao mercado pela manhã, de modo a esclarecer o plano de recuperação judicial, a Agrenco destacou que a efetiva recuperação das recuperandas, é imprescindível sair da recuperação judicial.
“Mantendo-as em recuperação judicial, as empresas não conseguirão retomar as atividades devido a várias restrições, sendo uma delas a obtenção de crédito para capital de giro, em função das regras impostas pelo Banco Central e a comercialização de energia elétrica devido às restrições da CCEE. Existem restrições para a participação em leilões de biodiesel e terceiros têm receio em usar as dependências das recuperandas para operações de logística”, havia informado a companhia no comunicado nesta manhã.
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Empresa em recuperação judicial
Com o plano, a empresa intencionava retomar a produção nas plantas industriais de suas subsidiárias brasileiras que se encontram em recuperação judicial.
Nos últimos anos, a companhia tem sofrido com diversas dificuldades para sua recuperação. Em 2008 a companhia passou a ter problemas na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e chegou a ter suas negociações interrompidas.
Nos anos seguintes, os resultados trimestrais da companhia reportaram fortes prejuízos. A empresa passou quase um ano com suas negociações interrompidas por conta disso – de 11 de fevereiro de 2010 a 10 de janeiro de 2011. A crise continuou em 2011: o CEO (Chief Executive Officer) resignou e a empresa chegou a despedir 85% de seus funcionários.