Credores da Samarco apresentam plano para assumir a empresa

O plano apresentado por um grupo de detentores de títulos deve substituir a proposta de reestruturação da dívida da Samarco

Reuters

Publicidade

NOVA YORK (Reuters) – Um plano alternativo de reestruturação para a Samarco, joint venture entre a Vale (VALE3) e o Grupo BHP, propõe que os credores financeiros assumam o controle da companhia.

O plano apresentado por um grupo de detentores de títulos deve substituir a proposta de reestruturação da dívida da Samarco, que foi rejeitada no mês passado.

O grupo de credores, que inclui gestores de ativos como Oaktree Capital, Silver Point Capital, GoldenTree Asset Management LP e Solus Alternative Asset Management, espera que a maior parte da dívida de 4 bilhões de dólares seja convertida em capital.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Renato Franco, fundador da empresa de reestruturação Integra Associados, que assessora credores, estima que os credores deterão cerca de 90% da empresa após a reestruturação.

Espera-se que os acionistas Vale e BHP peçam ao tribunal de falências o direito de voto sobre o plano. Se voto deles não for autorizado, o plano dos credores poderá ser facilmente aprovado.

Os credores estão propondo antecipar prazos para aumentar a produção e acelerar a geração de fluxo de caixa. O plano tem como meta dobrar a produção de minério de ferro até 2024, para 14 milhões de toneladas anuais, e atingir a capacidade total em 28 milhões de toneladas anuais até 2026. O plano dos acionistas prevê que esse volume seja alcançado até 2029.

Continua depois da publicidade

Tito Martins, ex-executivo da Vale que assessora credores da Samarco e pode se tornar presidente da empresa, disse que investimentos em tecnologia de mineração mais segura permitiriam um aumento mais rápido da produção.

A Samarco entrou em recuperação judicial ao lidar com as consequências do rompimento da barragem de 2015 na cidade de Mariana, em Minas Gerais, que matou 19 pessoas e causou grandes danos ambientais. A empresa retomou a produção no ano passado.

Depois de melhorar o fluxo de caixa, assessores de credores, Integra Associados e banco de investimentos Houlihan Lokey podem tentar vender a empresa para um investidor estratégico, acrescentou Martins.

Continua depois da publicidade

Procurando uma boa oportunidade de compra? Estrategista da XP revela 6 ações baratas para comprar hoje.