Corte de investimentos da Petrobras, recomendações e mais 9 notícias

Confira os principais destaques corporativos da manhã desta terça-feira

Paula Barra

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo aparece mais morno nesta terça-feira. Nos destaques, a Petrobras (PETR3; PETR4) anunciou redução de US$ 18 bilhões, ou 16%, na previsão de gastos operacionais e investimentos para este e o próximo ano, devido à queda nos preços de petróleo e à desvalorização do real frente ao dólar.

A previsão de investimentos para este ano foi reduzida de US$ 28 bilhões para US$ 25 bilhões, e para 2016 de US$ 27 bilhões para US$ 19 bilhões. Já os gastos operacionais foram reduzidos de US$ 30 bilhões para US$ 29 bilhões este ano, e de US$ 27 bilhões para US$ 21 bilhões em 2016, informou a estatal em fato relevante.

Segundo o analista Flávio Conde, da consultoria WhatsCall, os cortes de investimentos e gastos para 2015 e 2016 foram expressivos, uma vez que a estatal deve gerar um Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 80 bilhões no ano que vem, mas as reduções podem ser apenas um ajuste do câmbio como escrito no item investimentos. Se isto foi feito, o ajuste seria nulo, comenta. Já sobre a manutenção dos desinvestimentos, ele disse que não deve impactar não preços das ações.

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O corte vem menos de quatro meses após a estatal ter anunciado o seu Plano de Negócios e Gestão 2015-2019 com redução de 40% nos investimentos previstos no plano anterior. Na ocasião, a empresa disse que fatores de riscos poderiam impactar adversamente as projeções.

Petrobras – parte 2
Além disso, a CGU (Controladoria-Geral da União) informou que pretende fechar “nos próximos dias” acordo de leniência com a empresa holandesa SBM Offshore, suspeita de pagar propina a funcionários da Petrobras para obter contrato com a estatal. Pelo acordo, a holandesa terá de pagar R$ 1 bilhão à Petrobras.

Já uma matéria do Valor aponta que a Camargo Corrêa vai pagar em nove anos R$ 700 milhões decorrentes de acordo com a Operação Lava Jato. O dinheiro será revertido majoritariamente para os cofres da Petrobras, que deve ficar com 90% desse montante. 

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Ambev
A cervejaria SABMiller rejeitou a oferta informal de compra feita pela gigante AB InBev, controladora da Ambev (ABEV3), por considerá-la muito baixa, disse nesta terça-feira a agência de notícias Bloomberg, citando fontes anônimas próximas ao tema. 

Operadores citaram a notícia como a razão por trás de uma queda nas ações da SABMiller, de cerca de 3% às 8h no horário de Brasília, após a publicação da notícia. A SABMiller não quis comentar, enquanto a ABInBev não estava imediatamente disponível.

Uma aquisição da SABMiller, segunda maior cervejaria do mundo, com marcas como Peroni e Grolsh, poderia custar mais de 68 bilhões de libras, segundo estimativas de analistas.

Vale
As exportadoras brasileiras, inclusive a Vale (VALE3; VALE5), podem responder ao Tratado Trans-Pacífico. Países que representam 40% do PIB global fecharam ontem o acordo comercial, que unirá economias dos dois lados do Pacífico e será um elemento crucial da estratégia americana de conter a influência da China na Ásia, região vista por Washington como a principal fonte de dinamismo econômico do século 21. Segundo especialistas, o acordo deve dificultar as exportações brasileiras para esses países, especialmente de produtos manufaturados. 

Ainda sobre a mineradora, ontem o Barclays cortou o preço-alvo dos ADRs (American Depositary Receipts) da Vale, de US$ 4,40 para US$ 4,00, mantendo a recomendação em underweight (desempenho abaixo da média). 

Cosan, São Martinho e Tereos
O BTG Pactual divulgou relatório nesta terça-feira revisando suas projeções para o setor de açúcar e álcool. Os analistas comentaram que o setor tem sido, claramente, um dos menos preferidos pelos investidores, por, em geral, combinar elementos mais evitados em caso de investimentos, como: forte volatilidade dos preços de commodities; intervenção do governo nas políticas de combustíveis e dos preços de energia; e por ser composto de empresas de capital intensivo. No entanto, eles acreditam que o momento certo para entrar no setor está se aproximando, dado que os preços de açúcar e álcool estão agora no ponto para desfrutar de melhores perspectivas. 

Diante disso, eles reiteraram a recomendação de compra para as ações da Cosan (CSAN3), com preço-alvo de R$ 31,00 por ação, assim como para São Martinho (SMTO3), com preço-alvo de R$ 55,00, contra R$ 47,00 anteriormente. Já para Tereos (TERI3) os analistas revisaram para baixo a recomendação, que foi para neutra, assim como seu preço-alvo, que passou de R$ 3,00 para R$ 0,70. 

BRF
A BRF (BRFS3), maior exportadora mundial de carne de frango, anunciou que assinou acordo vinculante para comprar parte do negócio de distribuição de congelados da Qatar National Import and Export (QNIE), no Catar, o que deverá fortalecer a atuação da empresa no Oriente Médio. 

A QNIE atua como distribuidor da BRF naquele país há mais de 40 anos. Em comunicado, a BRF afirmou que o negócio será fechado com base em um valor total de US$ 140 milhões.

CSN
Segundo apurou o Broadcast, existe grande interesse de investidores estrangeiros pelo Terminal de Contêineres (Tecon), em Sepetiba. A venda desse ativo da CSN (CSNA3) deverá estrear a lista de desinvestimentos da empresa, que busca reduzir o seu endividamento, e ajudar a companhia a levantar R$ 1 bilhão com a venda integral do Tecon até o fim do ano, segundo fontes.

JBS
A JBS (JBSS3) esteve recentemente na mira do Senado da Austrália, que apura os efeitos da concentração no segmento, bem como suspeitas de que as indústrias tenham conluio para rebaixar os preços do boi. No Brasil, a JBS é citada na CPI do BNDES, que apura supostas irregularidades em investimentos do banco. A JBS cresceu mais de trinta vezes entre 2006 e 2014, com múltiplas aquisições. 

TIM
As ações da TIM (TIMP3) foram revisadas para baixo pelo Barclays, para equalweight (desempenho abaixo da média). 

Totvs e Bematech
O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou sem restrições a compra da Bematech (BEMA3) pela maior companhia brasileira de software corporativo, a Totvs (TOTVS3), segundo parecer publicado nesta terça-feira. A operação foi anunciada em 14 de agosto, em uma transação em dinheiro e ações que embutiu ágio de cerca de 60% sobre o valor dos papéis da Bematech na bolsa no encerramento da semana do anúncio. 

O Cade concluiu que a operação “não levanta maiores preocupações em termos concorrenciais no Brasil”, uma vez que a participação de mercado resultante da combinação das atividades de Totvs e Bematech, tanto no mercado nacional de softwares de e-commerce como no de inteligência de mercado, é inferior a 20%.

Alpargatas
O Estadão informou ontem que o grupo Camargo Corrêa está analisando oportunidades estratégicas, que podem alterar a composição do controle da Alpargatas (ALPA4), dona da Havaianas. Ontem, as ações dispararam 8,9%. Fundos de investimentos como Carlyle e KKR estão entre os interessados no negócio, segundo fontes, mas não existe nenhum acordo fechado. A Camargo Corrêa também pode se desfazer de uma fatia minoritária na CPFL Energia (CPFE3). As ações também podem reagir positivamente à entrada de um novo sócio. 

Anima
O número de alunos matriculados da Anima (ANIM3) para o segundo semestre de 2015 caiu 2,3% na comparação anual, para 82.000 alunos.   

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