Corte da Petrobras, recomendações, “insider trading” e mais 6 notícias no radar

Confira os principais destaques corporativos desta quinta-feira

Paula Barra

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SÃO PAULO – A revisão do rating do Brasil para um possível corte e o rebaixamento da Petrobras (PETR3; PETR4) pela Moody’s ontem à noite, embora não tenha trazido impacto imediato para os ativos brasileiros, dá o tom do noticiário desta quinta-feira (10). 

Essa foi a terceira vez no ano que a agência classificação de risco rebaixou a nota da estatal, indo agora de “Ba2” para “Ba3”. A agência ainda revisou a nota da petrolífera para possível novo rebaixamento. Em fevereiro, a Petrobras perdeu o grau de investimento pela Moody’s ao ser rebaixada de “Baa3” para “Ba2”. 

Ainda sobre a companhia, reportagem do Valor aponta que a audiência da ação coletiva em Nova York movida por investidores contra a Petrobras, prevista para ontem à tarde, foi adiada para 21 de dezembro, refletindo um conflito de horários na agenda do juiz Jed Rakoff, responsável pela ação. 

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Banco do Brasil
O Banco do Brasil (BBAS3) recompra US$ 512,8 milhões em títulos de dívida e vê impacto positivo de R$ 210 milhões no balanço do 4° trimestre, líquidos de impostos, segundo comunicado divulgado nesta quinta-feira (10). 

O banco informou ter recomprado US$ 300 milhões em bônus perpétuos remunerados à taxa de 9% ao ano, mais US$ 112,8 milhões em bônus perpétuos remunerados a 9,25% ao ano e US$ 100 milhões em sênior notes com vencimento em 2022 remunerados à taxa de 3,875% ao ano.

Além disso, o Tesouro reforçou que está efetuando os pagamentos ao Banco do Brasil para reverter à situação verificada no ano passado, em meio às discussões sobre acertos das “pedaladas fiscais”, segundo informou o Valor. Até 31 de novembro, o Tesouro pagou R$ 5,363 bilhões ao banco, contra previsão de que sejam quitados mais R$ 703 milhões até o fim do ano. Em 2014, foram destinados R$ 874,8 milhões. 

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BTG Pactual
A defesa do banqueiro André Esteves, ex-controlador e ex-presidente do BTG Pactual (BBTG11), pediu nesta quarta-feira ao STF (Supremo Tribunal Federal) a revogação da prisão preventiva do executivo, informou a assessoria do banco de investimentos. O pedido foi feito pelo advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay.

JBS
A JBS (JBSS3) teve aval do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para compra das marcas Hans/Eder da Premium Foods. A operação foi aprovada sem restrições, segundo ata do Cade publicada no Diário Oficial. 

BR Properties
A BR Properties (BRPR3) teve seu rating cortado pela Standard & Poor’s de “BB” para “BB-“, com perspectiva estável. 

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Totvs
Já a Totvs (TOTS3) foi rebaixada de overweight (desempenho acima da média) para neutra pelo JPMorgan. 

Pão de Açúcar
Já o Pão de Açúcar (PCAR4) teve sua recomendação revisada para baixo pelo Bradesco BBI, indo para market perform (desempenho em linha com a média). 

Telefônica Brasil
A Telefônica Brasil (VIVT4), dona da Vivo, aprovou a recompra de até 31,6 milhões de ações ordinárias e 415,1 milhões de preferenciais até junho de 2017.  

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Segundo o BTG Pactual, o impacto será marginalmente positivo, apesar da recompra representar 3% das ações preferenciais em circulação em mercado e 10% das ordinárias, ou somente 2,6% do valor de mercado da empresa. Pelos cálculos do banco, em termos nominais, a recompra será de R$ 1,5 bilhão, no caso das preferenciais e R$ 27,4 milhões, das ordinárias.

Wilson Sons
A Wilson Sons (WSON11) informou que sua movimentação de contêineres cresceu 32,5% em novembro na comparação com o mês passado.  

Laep
A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) decidiu em julgamento nesta quarta-feira multar em R$ 600 mil ex-conselheiro da Laep Investments (MILK33), antiga controladora da marca Parmalat no Brasil, em caso de informação privilegiada. Segundo a CVM, Othniel Rodrigues Lopes deverá pagar três multas distintas, de R$ 200 mil cada, por vendas de BDRs da Laep em três momentos distintos antes de divulgações de operações da companhia em 2010. 

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Em 15 de janeiro 2010, a Laep divulgou fato relevante anunciando capitalização de 120 milhões de reais com o fundo de investimento Global Yield Fund Limited (GEM), destinada ao reforço de capital de giro e à readequação da estrutura de capital da companhia. A área responsável da CVM verificou que executivos da empresa, entre eles, Lopes, venderam em bolsa BDRs patrocinados pela Laep antes da divulgação do documento.

(Com Reuters)