Corretora de criptomoedas Coinbase entra com pedido de abertura de capital após receita disparar com salto do Bitcoin

A Coinbase teve receita de US$ 1,14 bilhão em 2020, ante US$ 483 milhões no ano anterior, além de ter revertido um prejuízo em lucro de US$ 322 milhões

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – A Coinbase, maior corretora de criptomoedas dos Estados Unidos, entrou nesta quinta-feira (25) com pedido para abrir seu capital, em mais um passo para ter ações listadas na bolsa americana Nasdaq.

Junto com o pedido, a empresa mostrou que sua receita mais do que dobrou no ano passado diante da disparada do preço do Bitcoin, principalmente no segundo semestre.

De acordo com o processo, a Coinbase teve receita líquida de US$ 1,14 bilhão em 2020, ante US$ 483 milhões no ano anterior. A empresa também registrou lucro líquido de US$ 322 milhões no ano, após registrar prejuízo em 2019.

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A empresa disse ainda que tinha 43 milhões de usuários verificados no final do ano, com 2,8 milhões realizando transações mensais. As negociações de Bitcoin e Ethereum representaram 56% do volume dos usuários, segundo a empresa.

O processo feito pela Coinbase é para realizar uma listagem direta para oferecer suas ações, em vez da tradicional Oferta Pública Inicial (IPO, na sigla em inglês). Neste tipo de listagem, investidores e funcionários convertem suas participações diretamente em ações listadas em bolsa.

Tem sido cada vez mais comum empresas trocarem o IPO por uma listagem direta, como aconteceu, por exemplo, com a gigante de streaming de música Spotify.

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A investida da Coinbase ocorre em meio a um novo boom das criptomoedas, em especial o Bitcoin, que passou a subir forte após o choque com a pandemia em março do ano passado em um cenário de grande injeção de capital pelos bancos centrais levantando desconfiança de analistas e investidores.

Além disso, tem puxado os preços para cima uma maior aceitação de grandes empresas com a moeda digital, caso de Square, Tesla e o banco BNY Mellon, que nos últimos meses anunciaram iniciativas com criptoativos.

Na tarde desta quinta, o Bitcoin operava próximo da estabilidade, considerando a variação das últimas 24 horas, em torno de US$ 48.600, após chegar a uma máxima de US$ 58 mil no último fim de semana.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.