Compra da Skoob amplia atuação da Americanas no mercado de livros e é porta de entrada para clientes recorrentes, avaliam analistas

Impacto financeiro, contudo, não deve ser relevante para os resultados no curto prazo, segundo a XP

Mariana Zonta d'Ávila

Skoob (Foto: Divulgação - UEM)

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SÃO PAULO – A Americanas (AMER3) informou nesta quinta-feira (16) que adquiriu, por meio de sua subsidiária IF Capital, a Skoob, maior rede social brasileira para leitores, com mais de 8 milhões de usuários. O valor da transação não foi informado.

Com a aquisição, a gigante do e-commerce espera acelerar vendas de livros pela internet, categoria que costuma ser uma porta de entrada de novos clientes e tem elevada recorrência de compras.

Lançada em 2009, a Skoob oferece uma biblioteca virtual que permite a organização de leituras (concluídas e desejadas), produção de resenhas e avaliação de obras literárias. É possível interagir com outros leitores, editoras e autores. A plataforma e o app têm ainda interatividade com outras redes sociais.

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“Os reviews são importantes alavancas de vendas, aumentando em até 40% a conversão da categoria de livros, segmento do e-commerce brasileiro que se destaca como porta de entrada de novos clientes, com um CAC (custo de aquisição de cliente) 3,6 vezes menor que a média, além de possuir uma frequência de compra 50% maior que a média do setor”, escreveu a Americanas, em comunicado ao mercado.

A notícia foi bem recebida por analistas do mercado financeiro. Na Bolsa, contudo, os papéis AMER3 recuavam cerca de 3,69% por volta das 10h55 (horário de Brasília), negociados a R$ 38,12, em meio ao dia negativo do mercado.

Na avaliação da XP, a aquisição está em linha com a estratégia da empresa de estar mais presente no dia a dia dos clientes, e contribui para o aumento de conversão da categoria de livros e diminuição do custo de aquisição de clientes.

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“Enxergamos a transação como positiva, mas não deve ter impacto financeiro relevante para os resultados no curto prazo. Mantemos a nossa recomendação de compra e preço-alvo para o fim de 2021 de R$ 82 por ação”, apontam os analistas.

A aquisição também foi vista com bons olhos pela casa de análise Levante, que chama atenção para a captura de sinergias adicionais, trazendo novas oportunidades de crescimento com eficiência operacional.

Segundo o time de análise, a compra permite potencializar o engajamento, a recorrência e o alcance de novos clientes e contribui para uma aceleração de três frentes de crescimento da companhia: a base da Americanas (plataformas de e-commerce); iniciativas de expansão com foco em novos mercados; e investimento em inovação, incentivando o uso de novas tecnologias e desenvolvendo negócios “disruptivos”.

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Em relatório, a Guide Investimentos escreve que, apesar de o valor da aquisição não ter sido revelado, o anúncio é positivo, por expandir o ecossistema de atuação da Americanas, podendo gerar sinergias e potencializar o cross-selling (venda cruzada).

A Guide lembra que a Americanas teve como última aquisição relevante a compra do Natural da Terra, por R$ 2,1 bilhões, dando entrada no setor de alimentos frescos.

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