Com estoques baixos, governo busca soluções para a crise do milho

“Estamos trabalhando para a recomposição do preço mínimo de milho, principalmente nas regiões produtoras", disse secretário de agricultura Neri Geller

Rodolfo Mondoni

Publicidade

SÁO PAULO – Os estoques de milho do Brasil nunca estiveram tão baixos. Segundo a Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, restam apenas 600 mil toneladas, sendo que 500 mil toneladas vão a leilão nos próximos dias. Cálculos do próprio governo estimam que os estoques reguladores deveriam estar em 2,5 milhões de toneladas para atender a demanda interna e equilibrar a escassez do grão. 

O governo tem buscado alternativas para driblar essa situação, como o leilão de 500 mil toneladas dos estoque públicos para a agroindústrias de suínos e aves. Em maio, o Conselho Interministerial de Estoques Públicos de Alimentos (Ciep) aprovou a venda direta de 160 mil toneladas de milho, com limite mensal de seis toneladas por produtor. A medida tem por objetivo reduzir o preço do cereal no mercado interno.

“Estamos trabalhando para a recomposição do preço mínimo de milho, principalmente nas regiões produtoras, Mato Grosso e Goiás”, disse o ministro Neri Geller, durante seminário Perspectivas para o Agribusiness 2016-2017, realizado nesta quinta-feira, em São Paulo. 

Continua depois da publicidade

As exportações de milho, que já superam mais de 12 milhões de toneladas nesta safra, também estão no radar do governo, que confirmou estudar formas para que uma parte da produção nacional de milho fique no mercado interno.

O governo também quer que a indústria e integradoras façam um melhor planejamento. Para isso, pretende criar um crédito para carregamento de estoques através de recursos do Plano Safra. 

Tópicos relacionados