Colunista InfoMoney: Você está pronto para 2010?

Mercado brasileiro está forte o suficiente para garantir o crescimento das empresas brasileiras; indicadores de renda evidenciam força

Marcelo Smarrito

O Brasil está, é o que todos dizem. A edição de 14 de novembro da revista inglesa The Economist é emblemática nesse sentido. A imagem do Cristo Redentor decolando e a manchete ‘Brazil takes off’ não deixa dúvidas em relação a isso. A matéria, assim como outras que saíram na também inglesa Financial Times e na alemã Der Spiegel, dizem com todas as letras que deixamos de ser apenas promessas para começar a entregar.

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Ainda mais enfáticos, os economistas da Wharton School of Pennsylvania publicaram um documento denominado “Lessons from Brazil: Why Is It Bouncing Back While Other Markets Stumble?”, onde se lê o seguinte: “Ele foi o primeiro país na América Latina a ir para uma fase de recuperação, no segundo trimestre deste ano”.

Para o que nos interessa mais diretamente, porém, fui buscar informações mais perto, com Marcelo Neri, economista e chefe do Centro de Pesquisas Sociais da FGV-RJ. Eis algumas coisas que ele falou em entrevista ao Record News, que foi ao ar na noite de 18 de novembro:

“Em 1992, a classe média era um terço do total da renda brasileira. Hoje, é mais de 50%.”

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“Mercado brasileiro está forte o suficiente para garantir o crescimento”

“Entre 2003 e 2008, 32 milhões de brasileiros, ou seja, metade da população da Franca, ingressou no conjunto das classes A, B e C. O principal fator dessa ascensão não foram os programas assistenciais, mas a renda do trabalho.”

“Entre 2003 e 2009 foram criados 8 milhões de empregos com carteira assinada.”
“Entre 2000 e 2008 a renda dos 10% mais pobres da população cresceu 72%. Ou seja, o crescimento da renda dos pobres no Brasil é um crescimento de tamanho chinês. Mas a renda dos 10% mais ricos cresceu 11%. Ou seja, todo mundo cresceu.”

Além de tudo isso, o professor Neri insistiu que não se trata de uma bolha, porque “o processo já dura cinco anos: de 2003 a 2008 a renda do brasileiro cresce 7% ao ano. Ou seja, não é bolha porque a renda sobe por causa do trabalho e porque os brasileiros passaram a estudar mais. Trabalhar e estudar são coisas que ficam, não vão embora como uma bolha.”

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Você entendeu a implicação desses dados? O mercado brasileiro está forte o suficiente para garantir o crescimento das empresas brasileiras que acreditarem nisso. E elas terão que buscar a fonte mais saudável de investimentos, que é o mercado de ações.

Mais do que nunca, portanto, faz sentido minha pregação: bolsa é o melhor investimento para aquele dinheiro que você pode dispor. No longo prazo, mas também para 2010.

Bons negócios e um bom Brasil para todos.

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Marcelo Smarrito é diretor de Varejo da corretora Gradual, autor do livro “Desmistificando A Bolsa de Valores” e escreve mensalmente na InfoMoney, às sextas-feiras.
marcelo.smarrito@infomoney.com.br