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Coinbase estreia na Nasdaq com alta de 31% e valor da corretora de criptomoedas fica em US$ 85,8 bi

Com preço definido em US$ 250, papéis chegaram a bater em US$ 429 logo no início dos negócios, uma alta de 71%

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – A maior plataforma de criptomoedas dos Estados Unidos, a Coinbase, estreou suas ações nesta quarta-feira (14) na bolsa americana Nasdaq, sendo a primeira empresa do tipo a ter papéis listados.

A companhia não realizou uma Oferta Pública Inicial de ações (IPO), mas entrou no mercado por meio de uma listagem direta. Na noite de terça, a Nasdaq colocou como preço de referência para as ações o valor de US$ 250, mas nenhum papel da Coinbase foi negociado por esse valor.

Logo na abertura, os ativos da exchange foram negociados a US$ 381, uma valorização de 52%, colocando assim o valor de mercado da empresa em US$ 99,6 bilhões. Segundo a CNBC, esse valor colocava a companhia entre as 85 mais valiosas dos EUA. Na máxima do dia, os papéis chegaram a saltar 71%, para US$ 429,54.

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Durante a curta sessão, porém, as ações perderam força, encerrando o dia cotadas a US$ 328,28, uma alta de 31,31%. Com isso, o valor de mercado da companhia neste primeiro dia de pregão ficou em US$ 85,8 bilhões.

“A abertura de capital da Coinbase dá alguns sinais importantes para o mercado. Talvez o principal deles seja de que as empresas de blockchain e cripto estão sendo vistas com um nível de seriedade e maturidade diferente. Como resultado, isso deve refletir positivamente no aumento da confiança de investidores que nunca tiveram contato com o setor cripto e podem optar por diversificar investindo nesta classe de ativos”, afirma Fabio Alves Moura, sócio-fundador de AMX Law.

Na semana passada, a Coinbase informou que sua receita no primeiro trimestre saltou 847%, chegando a US$ 1,8 bilhão, sendo que sua base de clientes agora é de 56 milhões, contra 43 milhões no fim 2020 e 32 milhões no ano anterior.

Fundada em 2012 como a ideia de simplificar a compra de Bitcoin, a Coinbase se tornou a corretora de criptomoedas mais popular dos EUA e disparou em valor de mercado junto com a ascensão do Bitcoin e do Ethereum. Em sua última rodada de financiamento privado, em 2018, os investidores avaliaram a empresa em US$ 8 bilhões.

Para Changpeng Zhao, CEO da Binance, concorrente da Coinbase, “ter uma corretora de criptomoedas listada na Nasdaq é um sinal de que o mercado tradicional está aceitando as criptos”. “É um marco significativo para toda a indústria. Isso abre o caminho para muitos outros negócios de criptografia seguirem. Quero aplaudir a Coinbase e Brian Armstrong [CEO da companhia] por essa conquista”, disse.

A investida da Coinbase ocorre em meio a um novo boom das criptomoedas, em especial o Bitcoin, que passou a subir forte após o choque com a pandemia em março do ano passado em um cenário de grande injeção de capital pelos bancos centrais levantando desconfiança de analistas e investidores.

Além disso, tem puxado os preços para cima uma maior aceitação de grandes empresas com a moeda digital, caso de PayPal, Square, Tesla e o banco BNY Mellon, que nos últimos meses anunciaram iniciativas com criptoativos.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.