Chance de Eike “perder o controle” da EBX é destaque no The New York Times

Influente jornal norte-americano aponta que credores do grupo podem levar grupo a reesutruturação caso situação das empresas piore

Paula Barra

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SÃO PAULO – Em meio a crise de credibilidade que as ações de suas companhias enfrentam na bolsa, o empresário Eike Batista é destaque de uma grande reportagem publicada nesta segunda-feira (24) pelo influente jornal norte-americano The New York Times

O jornal reforça os já conhecidos problemas que atingem as ações do Grupo EBX na bolsa no último ano, e que levou a implosão da fortuna do bilionário“Se a holding do Sr. Batista continuar a encolher em valor, os analistas dizem que seus credores, que incluem alguns dos maiores bancos brasileiros, poderiam levá-lo a um reestrutururação que poderia lhe custar o controle das companhias”, afirma o NYT, no trecho final da reportagem.

O texto lembra as declarações de Eike ao apresentador norte-americano Charlie Rose, em seu programa de TV, em 2010. Naquela ocasião, perguntado qual a fortuna que teria em dez anos, Eike não hesitou em responder que poderia alcançar US$ 100 bilhões – o que o tornaria o homem mais rico do mundo. Entretanto, a forte queda das ações de suas empresas na BM&FBovespa fez com que a fortuna de Eike caísse de US$ 34,5 bilhões para US$ 4,8 bilhões, segundo dados da Bloomberg. 

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Segundo o NYT, as dificuldades de Eike refletem também a reversão de expectativas em relação ao Brasil. Após alguns anos de expansão econômica, o País começou a engasgar, com uma inflação pressionando, uma perda acumulada de 23% na bolsa de valores, fraco crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) e queda no preço das commodities.

A publicação lembra ainda que as empresas de Eike receberam mais de US$ 4 bilhões em empréstimos de bancos públicos, já que o Grupo EBX se tornou, de certo modo, um emblema dos novos tempos do Brasil e foi colocado entre as prioridades do governo.