Carlos Slim pode fazer oferta pela TIM; Eletrobras e mais 7 empresas estão no radar

Entre os destaques, Cosan confirma que ALL e Rumo estão em conversas para fusão; Cyrela lança R$ 2,695 bilhões no 4º trimestre

Paula Barra

Publicidade

SÃO PAULO – A terça-feira (14) inicia agitada no mercado brasileiro em meio a uma série de notícias corporativas. A Óleo e Gás Participações (OGXP3), antiga OGX Petróleo, informou na noite da véspera que produziu 333,1 mil barris de óleo equivalente no campo de Tubarão Martelo em dezembro. A produção do campo foi iniciada 5 de dezembro. Considerando-se os 26 dias de operação no mês, a média diária de produção foi de cerca de 12,8 mil barris de óleo equivalente.

A companhia tem dois poços conectados: TBMT 8HP e OGX 44HP. A produção, que teve pico no dia 16, foi gradativamente reduzida nos últimos dias – supostamente para encontrar um equilíbrio. A empresa já havia apresentado dados parciais até o dia 23, mostrando uma média de 14 mil barris por dia. 

Cosan confirma que ALL e Rumo estão em conversas para fusão
A ALL (ALLL3) está em negociação com a Rumo, controlada da Cosan (CSAN3), a respeito de uma possível fusão – confirmou a empresa do setor sucroalcooleiro na segunda-feira. Especula-se que a nova empresa terá de investir algo em torno de R$ 8 bilhões e R$ 11 bilhões até 2020, apurou o Valor. Os números ainda são preliminares. Representantes de todos os sócios irão se reunir esta semana para começar a elaborar o plano de negócio da futura empresa. Segundo rumores, esses recursos serão aplicados em ampliação e duplicação da malha ferroviária e na solução de gargalos nos dois principais trechos da ALL, o que liga Estrela d’Oeste a Campinas e esta a cidade de Santos, todas no Estado de São Paulo. A maior parte dos investimentos – cerca de R$ 8 bilhões – deverá ser feita nos primeiros quatro meses.

Continua depois da publicidade

Bilionário mexicano poderia fazer oferta pela TIM Brasil
O bilionário mexicano Carlos Slim poderia fazer oferta pela TIM Brasil (TIMP3), de acordo com informações da agência italiana de notícias Ansa. A poucos dias da reunião do conselho de administração da Telecom Italia (dona da TIM) de 16 de janeiro, que terá sobre a mesa a proposta de instituir uma comissão independente para avaliar eventuais ofertas pela operadora brasileira, as indicações apontam para um possível interesse do magnata mexicano em adquirir 100% da empresa, para depois fatiá-la. Slim atualmente é proprietário da América Móvil, que é por sua vez controladora da Claro.

Cyrela lança R$ 2,695 bi no 4º trimestre
Dando continuidade à divulgação dos dados operacionais do setor imobiliário – que antecede o resultado trimestral -, a Cyrela (CYRE3) revelou na véspera que lançou R$ 2,695 bilhões entre os meses de outubro e dezembro do ano passado, o que representa um aumento de 28,3% contra o mesmo período de 2012. As vendas totalizaram R$ 2,275 bilhões no trimestre, crescimento de 32,5% na mesma base de comparação. O VSO (Velocidade de Vendas) foi de 54,1%, ou 49,6% excluindo o programa do governo “Minha Casa, Minha Vida”. No quarto trimestre de 2012, o VSO geral da empresa foi de 49,6%. Na última segunda-feira, foi a vez da Direcional (DIRR3) e Even (EVEN3) reportarem seus dados trimestrais. Os números foram bem recebidos pelo mercado. 

Eletrobras divulgará estratégia até março
A Eletrobras (ELET3; ELET6) pretende divulgar até meados de março o aguardado estudo que definirá as alternativas para o negócio de distribuição da empresa, e que poderá resultar na venda integral ou parcial de seis distribuidoras da estatal no Norte e Nordeste do País. Segundo a companhia, o andamento do estudo está dentro do cronograma previsto.

Continua depois da publicidade

Conselho da Dasa autoriza venda da empresa
A Dasa (DASA3) comunicou o mercado na segunda-feira que seu conselho de administração se manifestou favoravelmente à OPA (Oferta pública de aquisição) da companhia em negócio com a Cromossomo Participações, sociedade controlada pelo empresário Edson de Godoy Bueno e sua ex-esposa Dulce Pugliese, antigos membros do conselho da Amil, outra empresa do setor que, no ano passado, fechou capital. 
Segundo comunicados enviados anteriormente à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a Cromossomo estaria oferecendo R$ 15 pela ação da Dasa. A meta do antigo casal é adquirir no mínimo 82.362.124 ações, ou 26,41% da empresa, mas pode atingir todos os papéis da empresa.

Petros atinge participação de 15% na Itaúsa
A Petros atingiu participação de 15% nas ações da Itaúsa (ITSA3) por meio de compras em bolsa, segundo comunicado enviado à CVM na véspera. Esse percentual representa 5,78% do capital da holding, que é composto também por ações preferenciais. O fundo de pensão dos funcionários da Petrobras (PETR3; PETR4) entrou no capital da empresa em 2011, por meio da aquisição de 12,7% das ações ONs que pertenciam ao grupo Camargo Corrêa. A última informação pública disponível mostra que, em julho de 2013, a Petros tinha 14,7% de ações com direito a voto da empresa. 

Tempo fará 4º programa de recompra de ações
A Tempo Participações (TEMP3) informou que seu conselho de administração autorizou a diretoria, em reunião realizada na véspera, a realizar a abertura do 4º programa de recompra de ações de emissão da companhia, para permanência em tesouraria e posterior alienação ou cancelamento, sem redução do capital social. A administração das controladas da companhia também ficaram autorizadas a adquirir ações da empresa. O prazo máximo do programa é de 365 dias, a contar de ontem, encerrando-se 8 de janeiro de 2015. As instituições intermediárias serão Morgan Stanley e BTG Pactual. 

Continua depois da publicidade

Bematech volta às compras
A Bematech (BEMA3) voltou às compras na véspera, quando anunciou a aquisição de 60% do capital da RJ Participações, empresa de software para venda de passagens rodoviárias, por R$ 16,5 milhões. Entre 2008 e 2012, a empresa de automação comercial e hoteleira fez oito aquisições. A apetite por aquisições está relacionada à estratégia adotada desde o ano passado. A empresa estruturava seu negócio por linhas de produtos e, desde 2013, passou a administrar a oferta por segmentos econômicos. A oferta de software e serviços passou a ser dividida em quatro áreas de negócios: varejo, lojas, restaurantes e área hoteleira.