Camil (CAML3): ações sobem forte após resultado, com destaque para preço mais alto do arroz

Companhia divulgou seus números trimestrais na noite da última quinta-feira (11)

Felipe Moreira

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A Camil (CAML3) registrou na última quinta-feira (11) um lucro líquido de R$ 143 milhões no terceiro trimestre fiscal de 2023, o que representa uma queda de 2,8% na comparação ao mesmo período do ano anterior.

A XP Investimentos destacou que os preços mais altos do arroz deram o tom do balanço. As ações, por sinal, registram um dia de ganhos, com alta de 10,27%, a R$ 8,70 na sessão da sexta-feira (12).

A Camil reportou uma receita recorde de R$ 3,0 bilhões (+15% na base anual e 7% acima das projeções da casa devido a preços mais altos), também beneficiada por maiores volumes de alto giro no Brasil.

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Os analistas da XP consideraram positivo o aumento nos volumes, especialmente levando em conta a alta nos preços, juntamente com um ambiente competitivo difícil no açúcar, enquanto o varejo continua pressionando por menores estoques. O aumento da receita permitiu uma maior diluição de custos e o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 222 milhões (mas 2% abaixo das expectativas da XP).

Apesar da sólida recuperação do Ebitda, a alavancagem permaneceu alta com DFL/Ebitda (DFL= Disponibilidade Financeira Líquida) atingindo 4,3 vezes (acima de seu covenant de final de ano de 3,5x), pressionando o fluxo de caixa da companhia.

O Itaú BBA classificou como neutro o balanço, também com destaque para o preço mais alto de arroz, que parcialmente compensou tendências de lucratividade ainda afetadas no segmento de açúcar. O Ebitda caixa ajustado ficou em linha, enquanto o lucro líquido acima do projetado, mas atribuído majoritariamente a eventos não recorrentes relacionados à reversão de impostos.

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Com isso, o BBA reiterou recomendação de “compra” para Camil, com preço-alvo de R$ 10 ao fim de 2024.

O Bradesco BBI também reiterou recomendação de compra para ação da Camil, com preço-alvo de R$ 12, pois vê ainda um valuation atrativo de 4,7 vezes o múltiplo EV/Ebitda (EV= valor da firma, soma do valor de mercado com dívida líquida, menos o caixa e equivalentes) esperado para 2024, um desconto de 25% sobre sua média histórica.