R$ 3,10, R$ 3,05…até onde pode ir o dólar em meio à euforia do mercado pós-condenação do Lula?

No curto prazo, moeda pode voltar para a região de R$ 3,05

Rafael Souza Ribeiro

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SÃO PAULO – Com a forte queda de 2,81% na última quarta-feira (24) com a condenação de Lula, muitos investidores que estão em busca de uma oportunidade de compra na moeda se perguntam: estamos em um ponto interessante para uma entrada? Para quem está em busca um “giro” de curtíssimo prazo, o teste da mínima do ano passado ofereceu uma boa oportunidade de compra, mas olhando as projeções de curto prazo a queda não deve se limitar aos R$ 3,13.

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Com a perda de R$ 3,19 na própria quarta-feira, a moeda acionou um “pivô de baixa” que foi arquitetado entre o topo intermediário em R$ 3,26 e R$ 3,19, primeira perna de baixa (P1) do movimento, sendo que a segunda perna (P2) foi justamente até a média móvel exponencial de 21 dias, ou seja, R$ 3,24, principal referência de resistência de curto prazo. Sendo que o padrão gráfico foi acionado, assim como a nova perna de baixa (P3), na passagem de R$ 3,19.

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Pela euforia dos investidores com a condenação de Lula, o dólar deve testar em breve a região de R$ 3,10, projeta o diretor da mesa de câmbio da Wagner Investimentos, José Faria Júnior, muito próximo dos R$ 3,11, objetivo derivado da projeção do pivô de baixa. Apesar da tendência de baixa, Faria faz um alerta para o curtíssimo prazo: “há chances do real seguir se apreciando e esta tendência irá dificultar a tarefa de vender e deverá beneficiar a tarefa de comprar”, aponta o diretor, falando sobre a relação desfavorável de risco x retorno neste momento.

Segue o fluxo

Contudo, quando ampliamos o horizonte da análise e passamos para um gráfico semenal, o dólar ainda tem muito espaço para cair caso confirme a perda da mínina do ano em R$ 3,13 e esse cenário tem tudo para ser concretizado em vista do fluxo de dólar esperado para o mercado brasileiro, tanto pelo lado do mercado de ações, com os investidores estangeiros injetando somente neste ano R$ 6 bilhões na bolsa, como também pelas captações das empresas no mercado internacional.

Aproveitando a euforia dos investidores com o mercado brasileiro, a Petrobras (PETR3; PETR4) levantou US$ 2 bilhões com bônus com vencimento em 2029, enquanto a Natura (NATU3) também fechou uma captação avaliada em US$ 750 milhões no exterior. Vale lembrar que na quinta-feira (18) o Tesouro Nacional captou US$ 1,5 bilhão no mercado internacional e a demanda foi duas vezes maior do que o previsto pelo governo.

Com a expectativa de maior entrada de dólares no País, lembrando também do bom desempenho da balança comecial, que no ano passado fechou com superávit de US$ 67 bilhões (melhor resultado em 29 anos), o dólar tem tudo para voltar para as mínimas observadas no ano passado, aponta Faria, tendo como objetivo a região de R$ 3,05.