Ibovespa perde força e se aproxima da estabilidade na esteira do front externo

Com escassez de referências, investidores procuram sinais do risco de recessão; Usiminas em alta após nova investida da CSN

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Após abertura em forte alta, o Ibovespa perde fôlego e apresenta leve alta de 0,12% no início da tarde desta segunda-feira (22), atingindo 52.510  pontos e volume financeiro de R$ 1,94 bilhão, recuperando parte das perdas acumuladas ao longo da última semana (1,92%).

O principal índice da bolsa brasileira segue trajetória similar a observada em Wall Street, com ganhos sendo reduzidos desde o início da sessão. Em todo o mercado investidores procuram referências para balizar o risco real de deterioração da economia a ponto de EUA e Europa entrarem em recessão no curto prazo.

Referências
Com agenda escassa de referências mais significativas para o curto prazo, informações que mexam com a expectativa do mercado frente à crise influenciam investidores. 
Na balança, informações como o anúncio no aumento da inadimplência de hipotecas nos EUA e a queda do governo de Muamar Gadaffi na Líbia dão o tom.

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Por aqui, investidores seguem importando tensão externa e ainda digerem o aumento da expectativa de inflação segundo o Relatório Focus do Banco Central. Na versão divulgada nesta manhã, as expectativas para agosto o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) apontou incremento de 0,03 ponto percentual em relação à medição da última semana, ficando em 0,30%.

Altas e baixas
O principal destaque positivo fica com as ações Usiminas (USIM5), que registram valorização de 3,92% e são cotadas a R$ 12,74, refletindo nova investida da CSN (CSNA3) sobre as ações da empresa. Apesar dessa variação, a baixa acumulada desde o início do ano chega a -33,02%.

Por outro lado, o pior desempenho fica com os papéis Marfrig (MRFG3), que são cotados a R$ 7,98 e apresentam baixa de 2,68%.

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As maiores altas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:

Cód. Ativo Cot R$ % Dia % Ano Vol1
 USIM5 USIMINAS PNA 12,74 +3,92 -33,02 40,77M
 ELET3 ELETROBRAS ON EJ 16,75 +2,76 -21,28 6,98M
 GOLL4 GOL PN N2 10,49 +2,64 -57,84 4,88M
 USIM3 USIMINAS ON 22,66 +2,53 +6,62 2,09M
 ELET6 ELETROBRAS PNB EJ 21,43 +2,34 -14,16 7,91M

As maiores baixas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:

Cód. Ativo Cot R$ % Dia % Ano Vol1
 MRFG3 MARFRIG ON 7,98 -2,68 -48,11 26,69M
 CCRO3 CCR SA ON 45,52 -1,68 -2,48 17,20M
 CESP6 CESP PNB 28,14 -1,61 +6,76 3,12M
 CPFE3 CPFL ENERGIA ON ED 19,46 -1,57 +0,20 3,91M
 CPLE6 COPEL PNB EJ 34,45 -1,54 -13,45 4,86M
* – Lote de mil ações
1 – Em reais (K – Mil | M – Milhão | B – Bilhão)

Bolsas Internacionais
Nos EUA, os principais índices acionários avançam em patamar semelhante ao da bolsa brasileira, com investidores tentando encontrar referências para o futuro da economia do País.

Enquanto isso na Europa, os principais índices caminham para fechamento próximo a 1%, após terem avançado com mais pujança durante a maior parte do pregão. Em meio à crise que assola a região, crescem as expectativas de que os eurobonds (títulos comuns à Zona do Euro) sejam adotados em breve, apesar da resistência que a Alemanha ainda sinaliza.

Juros e câmbio
As principais taxas de contratos de juros futuros operam em alta nesta segunda-feira. Após uma semana de fortes baixas, os agentes já repercutem as projeções do relatório Focus em manter a Selic em 12,50% ao final do ano e a alta nos indicadores de inflação.

Por fim, o dólar comercial está sendo cotado a R$ 1,6050 na compra e R$ 1,6070 na venda, alta de 0,50% em relação ao fechamento anterior. No ano, a moeda norte-americana acumula variação negativa de 3,73%.