Bolsas têm dia de alta com EUA e alívio no mercado de energia e mais assuntos que vão movimentar o mercado hoje

Nesta data, atenção para os pedidos de auxílio desemprego nos EUA

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – As sessões têm sido de forte volatilidade para os principais mercados mundiais sendo que, nesta quinta-feira (7), os mercados têm alívio, em continuidade ao movimento registrado na véspera, com avanços nas negociações sobre a extensão do teto da dívida nos EUA, além das declarações de Vladimir Putin sobre o mercado de energia.

Nesta sessão, em dia de agenda econômica mais tranquila, os investidores ficam de olho nos dados de pedidos de auxílio desemprego nos EUA na véspera do Relatório de Emprego nos EUA.

1. Bolsas mundiais

Os índices futuros americanos e as bolsas europeias avançam nesta quinta-feira (7) pela manhã. As bolsas asiáticas também fecharam em resultado positivo, em uma semana marcada por altos e baixos nos mercados mundiais.

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Dois motivos levaram a uma melhora dos mercados. Em primeiro lugar, as declarações de Vladimir Putin de que a Rússia é um fornecedor confiável e que trabalhará para estabilizar o mercado europeu de energia, em meio a preocupações com a disparada dos preços de gás natural. O outro ponto foi a sinalização de que os democratas vão aceitar a oferta dos republicanos de aumento do teto da dívida até dezembro.

Estados Unidos

Na quarta, o Dow teve alta de 102,32 pontos, a 34.416,99; o S&P subiu 0,4%; e o Nasdaq avançou 0,5%.

No radar dos investidores estão a política fiscal e monetária dos Estados Unidos; gargalos em cadeias de suprimentos; e a variante Delta do Coronavírus –apesar de haver sinais de que os maiores impactos já foram sentidos.

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Esses fatores alimentam a expectativa de que outubro seja um mês volátil. Na semana que vem se iniciará a sessão de divulgação de resultados relativos ao terceiro trimestre.

Na quarta-feira, o líder da minoria republicana no Senado, Mitch McConnel, ofereceu uma suspensão de curto prazo do teto da dívida nos Estados Unidos, buscando evitar um default do governo do país e uma crise econômica.

Na terça, a secretária do Tesouro, Janet Yellen, havia alertado que os Estados Unidos deveriam esperar por uma recessão, caso o teto não seja elevado.

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Na quarta, o sentimento negativo pesou sobre os mercados após uma alta acentuada do rendimento dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, em meio a temores sobre inflação. Mas os rendimentos recuaram, contribuindo para impulsionar ações do setor de tecnologia.

Dados divulgados na quarta pela ADP indicaram que empresas privadas contrataram em ritmo mais intenso do que o esperado no mês passado, apesar de preocupações quanto à variante Delta do coronavírus. O número de empregos privados subiu 568 mil em setembro, acima da estimativa de economistas ouvidos pela Dow Jones, de 425 mil.

Nesta quinta devem ser divulgados dados sobre novos pedidos de seguro-desemprego e crédito ao consumidor nos Estados Unidos.

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Ásia

As bolsas asiáticas tiveram altas na quinta-feira, com destaque positivo para papéis listados em Hong Kong, onde o índice Hang Seng avançou 3,07%, impulsionado pelos papéis das gigantes de tecnologia Tencent, que avançou 5,6%; e da Alibaba, que avançou 7,28%.

Além disso, os papéis da Chinese Estates, que já foi uma grande acionista da incorporadora em crise China Evergrande, avançaram 31,72%, após a empresa anunciar que recebeu uma oferta de fechamento de capital.

Na Coreia do Sul, o Kospi avançou 1,76%; no Japão, o Nikkei teve alta de 0,54%. Na China continental, as bolsas continuaram fechadas na quinta por conta de feriados.

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Europa

As bolsas europeias voltam a avançar nesta quinta. O índice Stoxx 600, que reúne as ações de 600 empresas de todos os principais setores de 17 países europeus, sobe 0,8%, com destaque positivo do setor automobilístico.

Contudo, dados oficiais divulgados nesta quinta indicam que a produção industrial na Alemanha recuou mais do que o esperado em agosto, em meio a problemas nas cadeias de suprimento. A produção caiu mais de 4% na comparação mensal, após alta de 1,3% em julho, uma forte piora em relação à previsão de queda de 0,4% de analistas ouvidos pela agência internacional de notícias Reuters.

Ainda no radar, o Banco Central Europeu (BCE) estuda a criação de um novo programa de compra de dívida para lançar depois de o PEPP, o programa que foi criado para atenuar os efeitos da pandemia, terminar, segundo informações da Bloomberg citando fontes próximas do assunto.

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Veja os principais indicadores às 7h30 (horário de Brasília):

Estados Unidos

*Dow Jones Futuro (EUA), +0,52%
*S&P 500 Futuro (EUA), +0,64%
*Nasdaq Futuro (EUA), +0,88%

Europa

*FTSE 100 (Reino Unido), +1,01%
*Dax (Alemanha), +1,2%%
*CAC 40 (França), +1,32%
*FTSE MIB (Itália), +1,15%

Ásia

*Nikkei (Japão), +0,54% (fechado)
*Shanghai SE (China), (não abriu)
*Hang Seng Index (Hong Kong), +3,07% (fechado)
*Kospi (Coreia do Sul), +1,76%

Commodities e Bitcoin

*Petróleo WTI, -1,49%, a US$ 76,27 o barril
*Petróleo Brent, -1%, a US$ 80,27 o barril
*Bitcoin, +5,84%, a US$ 54.110,35
*Sobre o minério de ferro: **A bolsa de Dalian permaneceu fechada por conta de um feriado.
USD/CNY = 6,45

2. Agenda

Brasil

8h20: Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, profere palestra na BIS Conference

Europa

8h30: Banco Central Europeu (BCE) publica atas da reunião de política monetária
10h: Sabine Mauderer, do Banco Central alemão, realiza um discurso
10h: Philip Lane e Isabel Schnabel, do BCE, realizam pronunciamento
12h45: Philip Lane, do BCE, faz mais um pronunciamento

Estados Unidos

9h30: Pedidos de seguro-desemprego, com 348 mil pedidos
9h40: John Williams, do Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc na sigla em inglês), do Federal Reserve, realiza um discurso

Japão

20h30: Dados sobre rendimento médio do trabalhador, gastos domésticos relativos a agosto, massa salarial relativa a agosto e transações correntes

China

22h45: Índice do Gerente de Compras (PMI em inglês) do setor de serviços Caixin, relativo a setembro

3. Covid nas Américas, testes da Pfizer no Brasil, novo titular do PNI, reta final da CPI

Na quarta (6), a média móvel de mortes por Covid em 7 dias no Brasil ficou em 464, patamar 13% abaixo daquele de 14 dias antes. Em apenas um dia, foram registradas 686 mortes.

As informações são do consórcio de veículos de imprensa que sistematiza dados sobre Covid coletados por secretarias de Saúde no Brasil, que divulgou, às 20h, o avanço da pandemia em 24 h.

A média móvel de novos casos em 7 dias foi de 17.102, queda de 50% em relação ao patamar de 14 dias antes. Em apenas um dia foram registrados 18.582 novos casos.

A forte queda é impulsionada pelo fato de que os dados de 14 dias antes haviam sido inflados pela contabilização de dezenas de milhares de casos represados. Vários estados haviam tido problemas no registro de casos após um ajuste no sistema nacional que centraliza dados de Covid, o que levou a uma contabilização menor, seguida pelos registros mais fortes.

Chegou a 148.644.221 o número de pessoas que receberam a primeira dose da vacina contra a Covid no Brasil, o equivalente a 69,68% da população. A segunda dose ou a vacina de dose única foi aplicada em 96.525.104 pessoas, ou 45,25% da população.

A dose de reforço foi aplicada em 1.763.887 pessoas.

Levantamento que serve como base de reportagem de capa do jornal O Globo desta quinta-feira indica que as internações despencaram desde o pico da pandemia, segundo dados de secretarias de Saúde. Em ao menos oito estados, a queda é de 70% em relação ao pico.

Na quarta-feira, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) afirmou que o número de infecções novas de Covid-19 caiu no último mês nas Américas, embora somente 37% da população da América Latina e do Caribe esteja totalmente vacinada.
Jamaica, Nicarágua e Haiti, no entanto, ainda não vacinaram nem 10% de suas populações, segundo a Opas. “Precisamos concentrar nossa atenção para sanar esta disparidade o mais rapidamente possível”, disse a diretora da Opas, Carissa Etienne, a repórteres.

Também na quarta, a farmacêutica Pfizer afirmou que pretende estudar a eficácia de sua vacina contra a Covid-19 imunizando toda a população com mais de 12 anos na cidade de Toledo, no Paraná.

A cidade tem uma população de 143 mil habitantes e fica no oeste do Estado. O estudo será feito em conjunto com o Programa Nacional de Imunizações (PNI), autoridades locais de saúde, o Hospital Moinho de Vento e a Universidade Federal do Paraná (UFPR).

“A iniciativa será a primeira e única nesses moldes a ser realizada com a colaboração da farmacêutica em países em desenvolvimento”, informou a Pfizer em comunicado.

O pesquisador do Hospital Moinho de Vento Regis Goulart Rosa disse em entrevista que esta será uma oportunidade para validar questões ainda não determinadas pelas pesquisas com as vacinas contra a Covid-19, como por exemplo a duração da proteção conferida pelos imunizantes e como eles protegem contra novas variantes.

No final de maio, o Butantan afirmou que a vacinação em massa com a CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, reduziu em 95% as mortes por Covid-19 em um estudo em Serrana. O Ministério da Saúde lidera um estudo com a vacina da AstraZeneca em Botucatu (SP).

Além disso, na quarta-feira o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, nomeou um novo titular para o Programa Nacional de Imunizações (PNI), o pediatra Ricardo Queiroz Gurgel.

O cargo ficou vago por três meses, após a demissão de Francieli Fantinato, que ocupou o lugar até julho. A então diretora deixou o cargo reclamando do excesso de politização da pandemia de Covid-19 e do programa de vacinação contra a doença no país.

Formado em medicina pela Universidade Federal da Paraíba, o novo titular do PNI tem mestrado e doutorado em saúde da criança pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, é professor titular de pediatria e coordenador do programa de pós-graduação em Ciências da Saúde da UFSE.

No Senado, a CPI da Covid passa a focar nos ganhos dos planos de saúde com operações de incorporação de hospitais e outros ativos de atendimento aos usuários, a chamada verticalização. O assunto entrou na pauta com o depoimento do presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Paulo Rebello Filho, criticado pela falta de ação da autarquia sobre a atuação da Prevent Senior.

Na quarta, Rebello admitiu que a Prevent Senior errou ao omitir a Covid na ficha de pacientes, mas negou ter recebido uma denúncia a respeito em abril.

A empresa tem operação verticalizada e é acusada de fraudes em registros de óbitos de vítimas da Covid-19 e de imposição a médicos e clientes dos chamados “Kit Covid” de medicamentos, como hidroxicloroquina, e “tratamento precoce”, comprovadamente ineficazes.

Na reunião, Rebello afirmou que a ANS vai decretar em até 15 dias um “regime especial de direção técnica” na operadora Prevent Senior por conta das denúncias contra a empresa divulgadas na CPI.

O instrumento, segundo a Agência Senado, não é uma intervenção e se refere à nomeação de um “diretor técnico” que vai enviar informações diárias da Prevent Senior para ANS analisar eventuais “anormalidades administrativas”.

“Quero trazer para o banco dos réus a verticalização. E se precisar continuar tendo (a verticalização), é preciso ter algum grau de controle entre uma coisa e outra”, defendeu o senador Rogério Carvalho (PT-SE) na comissão.

“Este assunto (verticalização) precisa ser apontado como um problema para se garantir a preservação da vida e garantir ao contratante de um plano de que a sinistralidade que acontecer com ele não será mitigada pelo interesse da operadora junto ao hospital ou unidade assistencial”, disse Carvalho.
Os papéis da operadora verticalizada Hapvida e da Intermédica, alvo de aquisição da empresa, registraram baixas na quarta.
o relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou que devem ser indiciados em seu relatório pelo menos 40 pessoas, que terão os pedidos de investigação enviados à Procuradoria-Geral da República e instâncias inferiores, no caso de quem não tem foro privilegiado.

Segundo Renan, 36 pessoas já constam como investigados no relatório da CPI.

Nesta quinta, falam à CPI da Covid no Senado o médico Walter Correa de Souza Neto, ex-funcionário da Prevent Senior, e Tadeu Frederico Andrade, paciente e cliente da companhia. Eles devem ser os últimos a depor antes da entrega do texto do relator Renan Calheiros no próximo dia 19. A expectativa é que a votação na CPI ocorra já no dia 20.
Entre as medidas a serem propostas pelo relator está a criação de uma pensão especial a ser paga pelo Estado brasileiro a crianças que ficaram órfãs por causa da Covid-19 e incluir a doença na lista daquelas que podem ser usadas como justificativa para concessão de aposentadoria por invalidez.

4. Radar político

A Câmara dos Deputados aprovou repasse adicional de IR e IPI para municípios; estima-se que o impacto em 2022 seja de R$ 1,6 bilhão e chegue gradualmente a R$ 4,6 bilhões em 2025.

Conforme esperado, o Senado aprovou projeto que prorroga a isenção do ICMS para diversos setores por até 15 anos. A proposta se insere no âmbito da guerra fiscal dos estados e beneficia principalmente quatro setores: portuário, aeroportuário, comercial e agropecuário. Agora, a proposta segue para sanção presidencial.

Também na quarta, a Câmara dos Deputados concluiu a votação do projeto que revisa a Lei de Improbidade Administrativa, matéria que seguirá agora para sanção presidencial após ter sido apreciada pelo Congresso de forma acelerada. Segundo a Agência Câmara, a maior alteração do texto é a exigência de dolo (intenção) para que agentes públicos sejam responsabilizados. Danos causados por imprudência, imperícia ou negligência não poderão ser configurados como improbidade.

Hoje, o Congresso vota PLNs de créditos suplementares, mas não há certeza se o legislativo apreciará a proposta defendida do governo de destravar R$ 164 bilhões de despesas condicionadas à regra de ouro. Segundo a equipe da XP Política, o relator Hildo Rocha defende valor menor, de R$ 28 bilhões, e sugere que o restante seja coberto por excesso arrecadatório.
É esperada nesta manhã a apresentação do relatório da PEC dos precatórios na comissão especial.

Ainda no radar, DEM e o PSL aprovaram a fusão das duas legendas em convenções realizadas na quarta-feira para a criação do União Brasil, que pretende ser o maior partido do país.

Além disso, em uma inesperada mudança de posição, a Advocacia-Geral da União (AGU) informou na quarta ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o presidente Jair Bolsonaro tem interesse em depor presencialmente no inquérito que investiga se ele interferiu nos trabalhos da Polícia Federal.

A manifestação da AGU foi lida pelo ministro do STF Alexandre de Moraes no início da sessão da corte nesta quarta.
Com isso, Moraes decidiu suspender o julgamento do recurso que iria decidir o formato do depoimento de Bolsonaro –que estava pendente de apreciação há quase um ano, desde a aposentadoria do ministro Celso de Mello.

5. Radar corporativo

PetroRio (PRIO3)

Segundo informações da Reuters,  a Petrobras escolheu o consórcio da PetroRio e Cobra, subsidiária da francesa Vinci, como licitante do campo petrolífero offshore de Albacora.

Rede D’Or (RDOR3)

O braço financeiro do grupo hospitalar Rede D’Or abriu a recompra de até US$ 135 milhões em bônus, segundo publicado na Bolsa de Luxemburgo nesta quarta-feira. A oferta ficará aberta até 3 de novembro.

Raízen (RAIZ4)

A Raízen anunciou a aquisição de ativos de geração de energia do Grupo Gera, que atua com projetos de geração distribuída no Brasil, em movimento para ampliar o portfólio em renováveis.

O acordo, que foi fechado por cerca de R$ 318 milhões, também inclui a criação de joint venture da Raízen com o Gera na área de desenvolvimento de novos ativos de energia e também em soluções e inovações. Com a aquisição, a gigante do setor de açúcar e etanol incorpora 350 MW de geração distribuída à sua capacidade de 1,3 GW, que hoje é predominantemente a partir de cogeração de energia de biomassa de cana-de-açúcar.

Saraiva (SLED3;SLED4)

A Saraiva informou ter recebido ofício da B3 para que tome “medidas cabíveis” de forma para que a ação volte para um valor acima de R$ 1. A Bolsa determina que nenhuma ação pode passar mais de 30 pregões consecutivos cotada a centavos.

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