Bolsas de NY sobem e renovam recordes históricos de fechamento, seguindo CPI nos EUA

índice de preços ao consumidor abaixo do esperado impulsionou perspectivas de cortes de juros pelo Fed ainda neste ano

Estadão Conteúdo

Trader trabalha na sede da NYSE, em Nova York (Michael Nagle/Bloomberg)
Trader trabalha na sede da NYSE, em Nova York (Michael Nagle/Bloomberg)

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As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta quarta-feira, 15, apoiadas pela publicação de indicadores nos Estados Unidos. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) abaixo do esperado por analistas impulsionou perspectivas de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) ainda neste ano, o que ajudou a levar os três principais índices e renovarem suas máximas históricas de fechamento.

O Dow Jones fechou em alta de 0,88%, em 39.908,00 pontos, o S&P 500 subiu 1,17%, a 5.308,15 pontos, e o Nasdaq avançou 1,40%, a 16.742,39 pontos.

O CPI subiu 0,3% em abril ante março nos EUA, abaixo da mediana do Projeções Broadcast, de alta de 0,4%. O núcleo avançou também 0,3%, como esperado. Na avaliação da Capital Economics, o dado é consistente com um corte de juro sem setembro pelo Fed.

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A Oxford Economics, por sua vez, aposta em uma primeira redução em setembro e outra em dezembro.

Para a Capital Economics, as melhores notícias sobre a inflação nos últimos dias proporcionaram um alívio adicional aos mercados obrigacionistas e acionários, e apoiam a previsão de que os rendimentos dos títulos dos Treasuries cairão um pouco mais nos próximos meses, enquanto o mercado de ações atinge novas máximos. Já as vendas no varejo dos EUA ficaram estáveis em abril ante março, quando analistas projetavam crescimento de 0,4%. Para a Pantheon, essas vendas eram sinal claro de enfraquecimento do consumo no país, mas “não chega a ser um desastre”.

Entre as empresas, a avaliação do Morgan Stanley de que Dell Technologies é a melhor escolha na construção de infraestrutura de inteligência artificial (IA) fez com que as ações da empresa saltassem 11,21%, batendo recorde histórico. Já Boeing caiu 2,08%, em meio a novos problemas legais com o Departamento de Justiça (DoJ) americano. A pasta diz que a fabricante de aviões violou um acordo de 2021 que previa o fortalecimento do seu compliance.

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A varejista de videogames GameStop teve queda de 18,87%, após fechar com salto de 60% na terça-feira em meio ao retorno da empolgação com ‘ações meme’.

“Essa é uma tendência impulsionada pelo entretenimento e não pelos fundamentos da empresa e, portanto, qualquer investidor que esteja pensando em pegar carona deve ter extrema cautela”, aconselha a analista Susannah Streeter, da AJ Bell.

Também afetada pelo frenesi, a AMC recuou 20,23%, depois do fechamento com 32% de ganhos na sessão anterior.