Bolsas de China e Hong Kong disparam após sinalização de apoio; ata do Copom e mais

Vários membros do Fed devem discursar hoje

Felipe Moreira

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As ações da China e de Hong Kong dispararam nesta terça-feira (06), em meio ao anúncio de medidas da segunda maior economia do mundo para sustentar os mercados. Já os índices futuros dos Estados Unidos operam mistos após uma liquidação estimulada por uma alta nos rendimentos dos títulos e preocupações de que o Federal Reserve (Fed) possa não cortar as taxas no ritmo esperado por Wall Street.

No Brasil, saiu a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que realizou corte de 50 pontos base na taxa Selic na semana passada. Já Roberto Campos Neto, presidente do BC, e Fernando Haddad, ministro da Fazenda, participam de evento do BTG Pactual. Depois de Itaú e Cielo reportarem resultados na véspera é a vez da Tim (TIMS3) divulgar seus números do quarto trimestre após o fechamento. No caso da Cielo, destaque ainda para a notícia de que o Bradesco e o Banco do Brasil, bancos controladores da compahia, lançarão uma oferta para fechar o capital da empresa listada na B3 desde 2009. 

1.Bolsas Mundiais

Estados Unidos

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Os índices futuros dos EUA operam sem direção única, à espera de mais comentários de membros do banco central americano, incluindo a presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, e a presidente do Fed de Boston, Susan Collins. As bolsas de Nova York fecharam em queda ontem, diante da alta do rendimento dos Treasuries com a expectativa por um Fed mais cauteloso no processo de relaxamento monetário. 

Eli Lilly, a Spirit AeroSystems, fornecedora da Boeing, e a DuPont apresentarão seus resultados trimestrais durante a manhã, seguidas pela Amgen, Chipotle Mexican Grill e Ford após o fechamento dos mercados.

Veja o desempenho dos mercados futuros:

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Dow Jones Futuro: -0,09%

S&P 500 Futuro: +0,09%

Nasdaq Futuro: +0,25%

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Ásia

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta terça-feira, com as chinesas se recuperando de forma vigorosa após sinais de apoio oficial e outras caindo na esteira das perdas em Wall Street ontem. Na China continental, os mercados exibiram robustos ganhos, depois de caírem por seis pregões seguidos em meio a preocupações sobre a saúde da segunda maior economia do mundo. Principal índice acionário chinês, o Xangai Composto avançou 3,23% hoje, a 2.789,49 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto saltou 5,14%, a 1.506,79 pontos, no seu melhor dia desde fevereiro de 2019.

Em comunicado, o regulador de mercado chinês encorajou empresas a conduzir recompras de ações, declarar dividendos e a tomar outras iniciativas para impulsionar seu valor.

Shanghai SE (China), +3,23%

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Nikkei (Japão): -0,53%

Hang Seng Index (Hong Kong): +4,04%

Kospi (Coreia do Sul): -0,58%

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ASX 200 (Austrália): -0,58%

Europa

Os mercados europeus operam em alta, uma vez que a confiança dos investidores permanece robusta, apesar das perspectivas pouco claras para cortes nas taxas de juro. As bolsas da região fecharam ligeiramente em baixa na segunda-feira, com os investidores digerindo os últimos comentários do presidente do Federal Reserve dos EUA, Jerome Powell, nos quais ele disse que o BC provavelmente agiria em um ritmo consideravelmente mais lento nos cortes nas taxas do que o mercado espera.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,53%

DAX (Alemanha): -0,02%

CAC 40 (França): +0,23%

FTSE MIB (Itália): +0,39%

STOXX 600: +0,20%

Commodities

Os preços do petróleo operam com leve baixa, enquanto agentes do mercado avaliam uma visita ao Oriente Médio do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, para discutir uma oferta de cessar-fogo na região. Já as cotações do minério de ferro na China fecharam em baixa.

Petróleo WTI, -0,08%, a US$ 72,72 o barril

Petróleo Brent, -0,06%, a US$ 77,94 o barril

Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve queda de 0,63%, a 939 iuanes, o equivalente a US$ 132,10

Bitcoin

2. Agenda

A agenda desta terça-feira traz ata do Copom e dados do varejo na Zona do Euro. Na ata, o Copom disse que o cenário doméstico tem evoluído como o esperado pelo BC, com um progresso desinflacionário relevante, mas que a incerteza internacional prescreve cautela à política monetária, frisando que ainda há um longo caminho a percorrer no retorno da inflação à meta. O comitê reiterou ainda que a desancoragem das expectativas de inflação é um fator de preocupação que requer uma atuação firme da autoridade monetária.

Brasil

8h: IGP-DI de janeiro

8h: Ata do Copom

8h25: Boletim Focus semanal

9h: Campos Neto, presidente do BC, profere palestra em São Paulo

9h40: Haddad, ministro da Fazenda, palestra em São Paulo

EUA

18h30: Estoques de petróleo (API) semanal 

Zona do Euro

7h: Vendas no varejo de dezembro; consenso LSEG prevê queda mensal de 1,0% e de 1,1 na base anual

3. Noticiário econômico

Fazenda aceita negociar novo modelo de desoneração se gasto for compensado, diz secretário

O Ministério da Fazenda está disposto a negociar o novo modelo de desoneração da folha de pagamentos com o Congresso, desde que alguma medida compense o gasto tributário, fundamental para perseguir a meta de déficit zero em 2024. O secretário de Política Econômica da pasta, Guilherme Mello, afirma ao Estadão/Broadcast que o sucesso da nova política para a folha determinará a ampliação dos setores beneficiados, respeitando a premissa de encontrar uma fonte de compensação do benefício.

4. Noticiário político

Pacheco: IA e reforma eleitoral são prioridades do Congresso em 2024

Ao discursar na abertura do ano legislativo de 2024, o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), elencou as pautas que serão prioridade nas duas casas legislativas neste ano, entre as quais, destacam-se a regulação do uso de inteligência artificial, a reforma das regras eleitorais e a limitação de decisões monocráticas dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Lira diz que Câmara não será inerte em ano eleitoral e cobra acordos

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse na última segunda-feira (5) que a Casa não ficará inerte este ano em razão das eleições municipais e supostas disputas políticas entre os poderes. Lira cobrou ainda que o governo federal cumpra acordos firmados com os deputados federais como contrapartida à aprovação de pautas consideradas prioritárias.

 

5. Radar Corporativo

Itaú (ITUB4)

O Itaú (ITUB4) reportou lucro recorrente gerencial de R$ 9,401 bilhões referente ao quarto trimestre de 2023. A cifra é 22,6% maior que a registrada um ano antes. Na comparação com o terceiro trimestre, o crescimento foi de 4%.

Cielo (CIEL3)

A Cielo (CIEL3) reportou lucro líquido de R$ 480,8 milhões no quarto trimestre de 2023 (4T23), montante 46,6% superior ao reportado no mesmo intervalo de 2022.

A Cielo também informou que BB Elo, controlada do Banco do Brasil (BBAS3), e Quixaba, controlada do Bradesco (BBDC4), decidiram realizar, juntamente com o Grupo Elopar, uma oferta pública unificada de aquisição (OPA) de ações ordinárias da companhia, levando assim ao fechamento e capital. BB e Bradesco são os acionistas controladores da adquirente.

(Com Estadão, Reuters e Agência Brasil)