Bolsas da Europa recuam mais de 1% com conflito entre Irã e Israel

Investidores temem retaliação de Israel

Estadão Conteúdo

Publicidade



As bolsas europeias operam em baixa de mais de 1% desde o começo do pregão desta terça-feira, com investidores evitando tomar risco em meio às incertezas no Oriente Médio após os ataques que Israel sofreu do Irã no fim de semana.

O índice pan-europeu Stoxx 600 caía 1,39%, a 489,89 pontos. O subíndice de mineração liderava as perdas, com queda de 2,9%.

A aversão a risco predomina diante da expectativa de que Israel lance uma retaliação pela ofensiva iraniana do último sábado (13). O maior temor é que uma escalada do conflito no Oriente Médio impulsione o petróleo, alimente a inflação e atrapalhe os planos de grandes bancos centrais de começar a reduzir juros. Por enquanto, contudo, o petróleo vem reagindo com moderação.


Continua depois da publicidade


No noticiário macroeconômico, o índice ZEW de expectativas econômicas da Alemanha surpreendeu ao avançar bem mais do que o esperado em abril, para 42,9 pontos, mas os números do mercado de trabalho do Reino Unido decepcionaram.

A temporada de balanços também segue no radar. A Ericsson lucrou mais do que o esperado no primeiro trimestre, e a ação da companhia de telecomunicações sueca desafiava o mau humor na Europa ao saltar mais de 6% em Estocolmo, no horário acima. Grandes bancos e empresas dos EUA também publicam resultados hoje.

Os últimos dados da China, por sua vez, vieram mistos. O Produto Interno Bruto (PIB) chinês cresceu bem mais que o esperado no primeiro trimestre, mas tanto a produção industrial quanto as vendas no varejo do gigante asiático subiram menos do que o previsto em março.

Continua depois da publicidade

A Bolsa de Londres caía 1,42%, a de Paris recuava 1,02% e a de Frankfurt cedia 1,30%. Já as de Milão, Madri e Lisboa tinham baixas de 1,58%, 1,38% e 0,21%, respectivamente.

Mais tarde, quando os negócios com ações europeias já estiverem encerrados, os presidentes do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA), Jerome Powell, e do Banco da Inglaterra (BoE), Andrew Bailey, falam em eventos públicos.

Tópicos relacionados