Bitcoin disparou 30% em uma semana: vale a pena comprar agora?

Maior criptomoeda chegou aos US$ 8 mil, e analistas apontam que momento segue positivo, apesar do risco de uma realização no curto prazo

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Após uma disparada momentânea no começo de abril, o Bitcoin engatou um rali neste mês e já acumula alta de cerca de 30% apenas na última semana, voltando para a marca dos US$ 8.000 após dez meses. A questão agora é: será que este movimento de alta vai continuar e abrir oportunidade para novos investidores aproveitarem o rali?

Enquanto muitos investidores novos tentam encontrar explicações, não houve uma notícia específica um acontecimento que tenha desencadeado esta alta, que acabou se estendendo para outros criptoativos. E neste cenário, enquanto participa da Consensus 2019, em Nova York, o especialista Safiri Félix aponta que o clima no mercado é bastante otimista.

“Os operadores do mercado tradicional estão super bullish”, afirma, ressaltando que isso só reforça o papel do Bitcoin como um dos melhores “hedge” (ativo de proteção) contra as turbulências que estão afetando a bolsa e mercado de títulos de dívida.

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Para ele, a recomendação segue de exposição neste mercado, mas sempre com responsabilidade e ponderando os riscos. “Os elementos para a continuidade da valorização seguem fortes, mas mesmo assim a exposição do investidor típico de varejo não deve ultrapassar 5% do total da carteira”, avalia Safiri.

Já o economista Richard Rytenband, CEO da Convex Research e autor do relatório Crypto Fragility Model, alerta para a possibilidade de uma correção nas próximas semanas. Segundo seu modelo de fragilidade, no fim do ano passado já havia a indicação de que no médio prazo, as criptomoedas estavam ficando convexas, ou seja, era o momento de iniciar exposições graduais, já que os preços estavam muito abaixo dos fundamentos, sinalizando um possível movimento de alta.

Neste ano, desde abril surgiu um alerta na escala de curto e curtíssimo prazo indicando esta chance de valorização. “O estado atual do sistema indica que no médio prazo ainda está convexo, portanto devemos manter a maior parte da exposição, porém desde abril foi o período para realizar de forma gradual os lucros e destiná-los ao caixa”, avalia.

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No atual cenário, Richard afirma que “estamos há semanas na iminência de uma correção e por isso a postura deve ser mais cautelosa e defensiva”. Apesar deste risco, o economista diz que será uma boa oportunidade para utilizar os recursos em caixa do investidor, obtidos no recente rali, para aproveitar o cenário convexo de médio prazo.

Ele ainda ressalta que uma boa estratégia para o investidor neste momento é fazer um rebalanceamento da carteira de criptoativos. Ou seja, para quem realizou aos poucos os lucros com o rali recente, pode ir comprando outras altcoins que estavam em queda ou que não seguiram o movimento de alta, mantendo assim a mesma porcentagem de criptos no portfólio.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.