Preocupado com a queda do Bitcoin? China baniu a moeda em 2013 e não evitou que ela subisse 900%

História mostra que não é novidade a China falar em banir o bitcoin, enquanto analistas apontam para erro de entendimento do mercado sobre o que está acontecendo

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Os investidores de moedas digitais estão em pânico desde a semana passada por conta de uma série de notícias vindas da China. Primeiro foi a suspensão dos ICOs, mas o que mais tem afetado o mercado são os rumores de que o país irá fechar as corretoras de criptomoedas locais. Para piorar uma das maiores exchanges chinesas, a BTCC anunciou nesta quinta-feira (14) que irá encerrar suas operações no fim do mês.

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Entusiastas seguem defendendo o bitcoin e outras moedas, enquanto analistas mostram como este tipo de notícia não é suficiente para “acabar” com estes ativos – apesar de todos entenderem a queda. Mas nada como o passado para nos ensinar algumas verdades sobre o mercado. E para quem é novo no assunto, pode não se recordar, mas em 2013 o bitcoin passou pelo mesmo cenário.

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Em dezembro de 2013, o Banco Popular da China (banco central chinês) impediu que as empresas financeiras tivessem qualquer relação com o bitcoin, o que levou a moeda digital a afundar de US$ 1.100 para a casa de US$ 500 em 10 dias. Na ocasião, a maior corretora chinesa encerrou suas atividades, ajudando na derrocada. Desde então a moeda já subiu 562% – considerando as perdas recente, para o preço atual de US$ 3.310. Até a máxima de US$ 5.000, os ganhos chegaram a 900%.

Por outro lado, quando as atividades de negociação de bitcoin passaram a ocorrer nos mercados de balcão, os reguladores financeiros do BC da China e reguladores financeiros chineses chegaram a um consenso para legalizar e regulamentar a moeda. Além da notícia de uma proibição agora não serem oficiais, especialistas dizem que não seria surpresa a China depois voltar atrás e regularizar os negócios com a moeda.

Analistas apontam que o que está acontecendo na China não é uma proibição, mas sim a regulamentação da moeda. Além disso, eles apontam que o volume de negociação de bitcoins no mercado chinês não é tão grande assim, ou seja, o país não tem força para “acabar” com a moeda, como muitas pessoas estão teorizando.

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O analista de finanças e repórter Max Keizer, reafirmou nesta quinta que a instabilidade do mercado chinês simplesmente levará os comerciantes ao mercado japonês. O Japão tem sido bastante elogiado pela forma como regulamentou o bitcoin recentemente e pode realmente ser um grande beneficiado por todo este cenário.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.