Bitcoin desaba mais de 8% com autoridades japonesas fechando o cerco contra exchanges

Maior moeda digital do mundo volta a cair forte e já se aproxima do patamar de US$ 6 mil

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – O Bitcoin desaba quase 9% nesta sexta-feira (22) após notícias de que o órgão regulador do mercado financeiro do Japão deu uma dura em diversas exchanges, pedindo que elas melhorem suas práticas contra a lavagem de dinheiro. O caso ocorre após duas corretoras de moedas digitais sul-coreanas serem hackeadas nas últimas semanas, perdendo cerca de US$ 70 milhões.

No início da tarde desta sexta, o Bitcoin registrava perdas de 8,54%, cotado a US$ 6.150, o menor valor desde fevereiro, segundo dados do CoinMarketCap. Em reais, a queda era um pouco menor, de 7%, para R$ 24.250. Todos os 10 maiores criptoativos operam no negativo, com destaque para o EOS, que afunda 17%, e vai a US$ 8,64.

O pedido da agência de serviços financeiros do Japão levou a bitFlyer – a maior bolsa de criptomoedas do país – a suspender a criação de novas contas enquanto faz melhorias, especialmente em suas medidas para acabar com a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo.

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“Nossa gerência e todos os funcionários estão unidos em nossa compreensão de quão sérios são esses problemas, bem como a seriedade em responder a eles no futuro”, disse a BitFlyer em comunicado. “A longo prazo, se constrói um ecossistema melhor e se garante que esta é uma classe de ativos legítima”, disse Brian Kelly, fundador e CEO da BKCM.

No curto prazo, Kelly apontou, isso reduz o fluxo de capital novo para a maior exchange no maior mercado de negociação de Bitcoin. O iene japonês representa mais de 60% do volume diário em moeda digital. Em março, reguladores japoneses emitiram diversos avisos de punição para várias exchanges e forçaram algumas delas a interromper completamente os negócios após o roubo de US $ 530 milhões em moedas da Coincheck.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.