Bitcoin cai abaixo de US$ 30 mil pela primeira vez em um mês e zera os ganhos de 2021

Apesar dessa queda, o Bitcoin ainda acumula ganhos de mais de 200% em doze meses

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Vindo já de um fim de semana de maior cautela, o Bitcoin caiu abaixo de US$ 30 mil pela primeira vez desde 22 de junho, com o mercado de criptoativos perdendo cerca de US$ 89 bilhões de valor em apenas 24 horas, segundo dados do site CoinMarketCap.

Às 10h40, o Bitcoin registrava queda de 3,80% no acumulado de 24 horas, cotado a US$ 29.479, praticamente zerando o ganho em 2021, que agora é de apenas 0,4%. Apesar disso, em doze meses, a moeda digital ainda tem alta de 215%.

Desde a máxima de US$ 64,863 atingida em 14 de abril, o Bitcoin acumula perdas de quase 55%. Em reais, a criptomoeda registra perdas de 1,9% nesta terça-feira (20), para R$ 156.179.

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Entre os outros criptoativos, o Ethereum recua 4%, para US$ 1.740, enquanto outros tokens têm queda mais acentuada, como a Binance Coin, caindo 7%, para US$ 260,88, e o Cardano, com variação negativa de 7,77%, a US$ 1,03.

A queda acontece após um grande sell-off no mercado de ações na véspera, puxado por preocupações do avanço da pandemia com a variante delta e seu impacto na recuperação econômica global.

Apesar de ser descorrelacionado ao mercado tradicional, momentos de maior aversão ao risco por parte dos investidores acabam afetando também as criptomoedas. Isso ocorreu em março de 2020, quando estourou a pandemia do coronavírus.

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Nesses momentos, investidores acabam perdendo um pouco a racionalidade por conta dos temores e evitam ficar posicionados em qualquer tipo de ativo, sem importar muito os fundamentos, por isso o Bitcoin e outras criptos acabam caindo também.

“Houve uma grande venda nos mercados globais, os ativos de risco caíram todos”, disse Annabelle Huang, sócia da empresa de serviços financeiros de criptomoeda Amber Group, para a CNBC.

Existem “preocupações com a qualidade e a força da recuperação econômica” e “ativos de risco mais amplos enfraqueceram, incluindo os de rendimentos elevados”, disse Huang. “Juntamente com a recente fraqueza do Bitcoin, isso apenas fez o mercado de criptomoedas cair ainda mais”, concluiu.

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Há cerca de dois meses o mercado de criptoativos tem sofrido muita pressão, principalmente por conta da perseguição do governo chinês à empresas que operam com moedas digitais e também aos mineradores.

As principais regiões responsáveis pela mineração de Bitcoin na China forçaram o fechamento de suas operações, levando diversos mineradores a fugirem do país.

A China proibiu as trocas locais de criptomoedas em 2017, forçando-as a se mudar para o exterior. Isso não impediu, porém, os comerciantes chineses de comprarem e venderem moedas digitais. Mas as duras ações este ano dos reguladores chineses buscaram aumentar ainda mais as restrições ao comércio e à mineração.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.