Bitcoin, bolhas imobiliárias e Coreia do Norte: os 30 riscos para o mercado em 2018, segundo o Deutsche Bank

Entre os grandes riscos para 2018, os bancos centrais são destaque, com atenção especial para o teste que o novo presidente do Federal Reserve

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Os mercados globais caminham para encerrar o ano com um cenário bastante positivo, em especial as bolsas dos Estados Unidos, que quebraram diversos recordes históricos de cotação. Mas toda esta euforia pode estar se aproximando de um 2018 marcado por testes para os investidores, já que segundo o economista Torsten Slok, do Deutsche Bank, serão pelo menos 30 riscos no próximo ano.

Entre os eventos listados estão o rumo da inflação nos EUA, eleições em diversos países, um “crash” do bitcoin e ainda os próximos passos do Brexit. Os riscos devem ser pensados ??”não apenas como impulsionadores do VIX, mas também como fontes potenciais de crescimento mais rápido ou lento do que o que temos na nossa previsão de linha de base”, escreveu Slok em relatório na semana passada.

Entre os grandes riscos para 2018, os bancos centrais são destaque, com atenção especial para o teste que o novo presidente do Federal Reserve, Jerome Powell terá. Além disso, o Banco do Japão pode ver seu atual presidente, Haruhiko Kuroda, substituído, podendo levar a uma mudança na política adotada pela autoridade japonesa. E existe ainda a possibilidade de que o Banco Central Europeu indique o fim de sua política de flexibilização no segundo trimestre, disse o economista.

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Slok aponta também para o potencial estouro de bolhas imobiliárias na Austrália, Canadá, China, Noruega ou Suécia. Outro ponto de elevada tensão são as eleições na Irlanda, Itália, Rússia, EUA e no Reino Unido. Confira os 30 riscos que os investidores devem ficar de olho em 2018, segundo o Deutsche Bank:

1) Alta da Inflação nos EUA no segundo trimestre

2) Sinalização do BCE do fim da compra de ativos no segundo trimestre

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3) Aumento dos spreads entre obrigações de qualidade e as de maior risco nos EUA por causa do menor apetite externo

4) Teste da nova liderança do Federal Reserve

5) Inflação na Alemanha mais alta do que o esperado

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6) Salários na Alemanha mais altos do que o esperado

7) Fim das taxas negativas em obrigações na UE; impacto nos mercados globais

8) Mudança de liderança no Banco do Japão

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9) Alta dos prêmios nas obrigações nos títulos do Tesouros dos EUA e nos bonds alemães por conta do fim do QE

10) Desalinhamento entre valuation das ações nos EUA e os seus fundamentos

11) Correção das ações nos EUA

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12) Aumento da volatilidade por causa de inflação alta, choques geopolíticos e redução do QE global

13) Crash do bitcoin, impacto na confiança dos investidores

14) Coreia do Norte

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15) Impacto positivo maior do que o previsto da reforma fiscal nos EUA

16) Continuação do aumento da desigualdade nos EUA

17) A investigação de Robert Mueller nos EUA

18) Eleições legislativas nos EUA

19) Eleições na Itália

20) Futuro do Brexit

21) Novo governo no Reino Unido?

22) Decisão de reverter o Brexit?

23) Eleições presidenciais na Irlanda

24) Eleições locais no Reino Unido

25) Eleições presidenciais na Rússia

26) Subida dos preços das commodities

27) Estouro da bolha imobiliária no Canadá ou Austrália

28) estouro da bolha imobiliária na Suécia ou Noruega

29) Estouro da bolha imobiliária na China associada a uma correção do mercado acionista chinês

30) Abrandamento do crescimento econômico na China mais abrupto do que o esperado

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.