BIS se rende à blockchain e decide concentrar esforços em CBDCs e DeFi neste ano

Moedas digitais de bancos centrais e pagamentos respondem por 13 dos 17 projetos ativos da organização internacional

CoinDesk

(Divulgação/BIS)

Publicidade

O Banco de Compensações Internacionais (BIS), organização que promove a cooperação entre bancos centrais, irá concentrar seus esforços em pesquisas sobre moedas digitais de bancos centrais (CBDCs) e finanças descentralizadas (DeFi) neste ano.

De acordo com um comunicado publicado nesta terça-feira (25), o BIS está planejando explorar projetos de CBDCs, sistemas de pagamentos de última geração, DeFi e finanças verdes por meio de seu hub de inovação (BIS Innovation Hub) em 2022.

“As CBDCs e as melhorias nos sistemas de pagamentos continuam sendo áreas de foco exploratório, respondendo por 13 dos 17 projetos que estavam ativos em 2021 ou serão lançados em 2022”, segundo o documento.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

No final do ano passado, pelo menos 64 bancos centrais estavam explorando uma CBDC de varejo, de acordo com o CBDC Tracker, site que monitora o avanço dessa nova tecnologia. Desse total, 20 foram lançadas ou testadas ou estavam em estágios de exploração muito avançados.

A China iniciou testes de uma moeda digital, a eCNY, ao longo do ano passado, realizando transações no valor de cerca de US$ 9,7 bilhões. Em outubro, o Banco Central da Nigéria lançou a eNaira, enquanto o Banco Central Europeu iniciou um experimento de dois anos com uma CBDC de varejo. Na semana passada, o Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, publicou um documento sobre os benefícios e os riscos da implementação de uma moeda digital do país.

O BIS Innovation Hub vem crescendo, estabelecendo centros de pesquisa em Hong Kong, Londres, Estocolmo, Singapura e Suíça nos últimos dois anos. Todos eles vão trabalhar em pelo menos um projeto relacionado a CBDCs.

Continua depois da publicidade

Uma das iniciativas em Londres, por exemplo, analisará como indivíduos e empresas podem se beneficiar do desenvolvimento de CBDCs, enquanto outra desenvolverá uma plataforma de suporte a aplicativos com moedas digitais de bancos centrais para varejo.

Em novembro de 2021, o BIS ajudou o Fed de Nova York a montar uma ala de pesquisa de fintechs, também com foco em projetos relacionados a CBDCs e stablecoins. No início de janeiro, a organização contratou o especialista em CBDC Raphael Auer como chefe da região europeia do Innovation Hub.

No ano passado, o chefe global do Innovation Hub, Benoît Cœuré, sinalizou aos bancos centrais de todo o mundo que eles deveriam começar a trabalhar em CBDCs.

“As CBDCs levarão anos para serem oficialmente lançadas, enquanto as stablecoins e os criptoativos já estão aqui. Isso torna ainda mais urgente começar”, disse Cœuré em setembro.

Quanto ao DeFi, os detalhes são escassos, mas um novo projeto em Hong Kong planeja explorar se as tecnologias de finanças descentralizadas, incluindo blockchain, tokenização e contratos inteligentes, podem “melhorar o financiamento para pequenas e médias empresas, um segmento de mercado historicamente carente”.

Até onde as criptomoedas vão chegar? Qual a melhor forma de comprá-las? Nós preparamos uma aula gratuita com o passo a passo. Clique aqui para assistir e receba a Newsletter de criptoativos do InfoMoney

CoinDesk

CoinDesk é a plataforma de conteúdos e informações sobre criptomoedas mais influente do mundo, e agora parceira exclusiva do InfoMoney no Brasil: twitter.com/CoinDeskBrasil