Biden diz respeitar e entender greve dos trabalhadores da UAW contra grandes montadoras

Esse é o mais ambicioso movimento trabalhista no setor industrial dos Estados Unidos em décadas

Equipe InfoMoney

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O presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou nesta sexta-feira, 15, que “entende a frustração” dos trabalhadores do sindicato United Auto Workers (UAW), que entraram em greve no país contra montadoras, exigindo contratos que garantam salários maiores.

“Ninguém quer que essa greve dure, mas eu respeito e entendo a decisão dos trabalhadores”, afirmou.

Segundo o presidente, os lucros recordes do setor não têm sido transmitidos de forma justa aos trabalhadores, que merecem uma parcela maior e um contrato que dê direitos e melhor remuneração.

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“Trabalhadores de montadoras ajudaram a criar uma classe econômica saudável em nosso país, e por isso merecem um contrato que garanta que eles vão pertencer a esta classe”, disse.

EUA: Greves simultâneas

O UAW lançou hoje greves simultâneas em três fábricas de propriedade da General Motors, da Ford Motor e da Stellantis, controladora da Chrysler.

Esse é o mais ambicioso movimento trabalhista no setor industrial dos Estados Unidos em décadas, conforme a Reuters.

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As paralisações interrompem a produção do Ford Bronco, do Jeep Wrangler e do Chevrolet Colorado, além de outros modelos populares, embora a ação tenha sido menor do que alguns esperavam, com cerca de 12.700 trabalhadores aderindo.

As paralisações são o auge de semanas de confrontos entre o presidente do sindicato, Shawn Fain, e os executivos das três montadoras em relação às exigências do sindicato por uma parcela maior dos lucros e maiores garantias de emprego à medida que as montadoras mudam sua produção para veículos elétricos.

O contrato anterior das montadoras expirou ontem à noite, e não haverá negociações nesta sexta-feira, informou o UAW.

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Fain disse que o sindicato evitará greves gerais mais custosas por enquanto, mas todas as opções estão abertas se novos contratos não forem acordados.

(Com Estadão Conteúdo e Reuters)