BG nomeia novo CEO para acelerar projetos no Brasil e Austrália

A empresa concordou em vender uma participação de 40% em sua planta de gás natural liquefeito Queensland Curtis para a China em outubro

Reuters

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LONDRES – A BG nomeou Chris Finlayson como o novo presidente-executivo, encerrando um ano de busca por alguém pensado para manter o controle sobre os custos e conseguir desenvolver os gigantes projetos de crescimento que o grupo de gás participa.

Finlayson, que trocou a Royal Dutch Shell pela BG em 2010, estava em uma lista que incluía o diretor financeiro Fabio Barbosa e o diretor de operações Martin Houston.

Ele vai supervisionar grandes projetos na Austrália e no Brasil que precisam ser colocados em operação. Tal como acontece com outras grandes companhias de petróleo, a BG tem sofrido com custos crescentes e pode ter que vender participações para financiar o seu desenvolvimento.

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Finlayson, de 56 anos, assumirá em 1º de janeiro no lugar de Frank Chapman, que ficou 12 anos à frente da companhia e se aposentou em junho. Sob o comando de Chapman, a BG cresceu de um produtor do Mar do Norte para uma das 20 maiores petrolíferas mundiais.

Ele é tido como a pessoa com o conhecimento certo para a cultura da BG, e era diretor da área que cuida de projetos de capital, desenvolvimento de campos e outras áreas técnicas.

Anteriormente, ele foi diretor-gerente para a Europa e Ásia central. Na Shell, ele ocupou cargos de liderança na Nigéria, Rússia, Grã-Bretanha e Brunei.

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A BG abriu um plano de sucessão no ano passado, dizendo que Finlayson, Barbosa e Houston estavam em uma lista que poderia incluir candidatos externos.

Barbosa, com experiência no Ministério da Fazendo do Brasil e na mineradora Vale e forte candidato, está em licença médica.

Desafios
Em outubro, a BG disse que com os atrasos dos projetos no Brasil e no Norte, e com o novo cronograma das atividades de gás de xisto nos EUA, não haveria crescimento de produção em 2013.

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A empresa concordou em vender uma participação de 40 por cento em sua planta de gás natural liquefeito (GNL) Queensland Curtis para a China em outubro, e analistas disseram que mais vendas poderiam ser necessárias para financiar o desenvolvimento.

Finlayson provavelmente não tomará medidas radicais no início de 2013, disse um analista da Oriel Securities.

“Suas prioridades iniciais devem ser a conclusão do projeto de GNL Curtis Queensland na Austrália para a retomada do crescimento em 2014, e colocar o Brasil de volta aos trilhos, projetos fundamentais para o crescimento da BG.”