Publicidade
SÃO PAULO – O Banco Central anunciou na noite desta segunda-feira (30) que realizará amanhã dois leilões de venda conjugados com compra de dólares, também chamados de leilão de linha. Esta operação equivale a um empréstimo de moeda estrangeira. O leilão “A” ocorre entre 15h15 e 15h20 (horário de Brasília), enquanto o segundo ocorre entre 15h30 e 15h35.
As datas de liquidação ocorrem em 2 de agosto e 2 de setembro deste ano, respectivamente. Nesse tipo de operação, a venda da moeda americana só será aceita se combinada com compra pela autoridade monetária no mesmo montante. Apesar de não ser um mecanismo que faça a moeda subir ou cair diretamente, a tendência é que este leilão evite uma valorização do dólar contra o real na próxima sessão.
Os leilões de linha são feitos por meio da venda de moeda norte-americana no mercado à vista, com recursos das reservas internacionais brasileiras. Nesse mecanismo, os dólares têm de ser devolvidos ao BC nos meses seguintes. Durante esse período, ficam no mercado, ajudando a dar liquidez e reduzindo uma pressão de alta do dólar. Como retornam às reservas cambiais, o BC considera que essas operações não impactam as reservas cambiais.
Continua depois da publicidade
Nesta segunda o dólar comercial fechou com queda de 0,92%, cotado a R$ 3,5779 na venda, após chegar a R$ 3,6171 na máxima e R$ 3,5739 na mínima do dia. A moeda norte-americana havia subido 0,38% na sessão passada e voltado a superar R$ 3,60. Na falta do mercado americano, que ficou fechado por conta do feriado de Memorial Day, ajudou o mercado o resultado do superávit primário do governo central superando de longe as expectativas de analistas em abril.
O governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) registrou superávit primário de 9,751 bilhões de reais em abril, bem acima do saldo positivo de 600 milhões de reais projetado por analistas em pesquisa da Reuters.