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BBA revisa convicções para techs dos EUA após balanços e segue otimista com Totvs no Brasil

Banco acredita em resultados acima do consenso para a Totvs, que divulga balanço esta semana

Felipe Moreira

(Getty Images)

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O Itaú BBA, em relatório, avalia que a temporada de resultados das empresas de tecnologia nos Estados Unidos foi boa no geral, atualizou as recomendações para as companhias do setor em Wall Street e também traçou paralelos com as empresas no Brasil.

No documento, o banco reiterou a recomendação long (de compra) para a ação da Totvs (TOTS3). Os analistas da casa estão confiantes na divulgação dos resultados da empresa brasileira na quarta-feira (7) e o início da temporada de resultados de tecnologia na América Latina.

Pelo segundo trimestre consecutivo, eles acreditam que o consenso é muito conservador e que há potencial de alta nos números da companhia. A ação teve uma queda de 9% das máximas e, com isso, o valuation parece mais razoável (com um múltiplo de 24 vezes o preço sobre lucro, ou P/L, esperado para 2024).

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No exterior, embora possa acontecer alguma retração no papel da META (M1TA34) nos próximos dias após subir mais de 20% na última sexta-feira, o BBA está otimista e recomenda compra (com alta convicção). O lado comprador parece ter uma nova estimativa de lucro por ação (EPS) para 2025 de US$ 26, o que significa que a ação deveria atingir “facilmente” US$ 520 (20 vezes Preço/Luco). A estimativa do BBA está muito à frente do consenso, com expectativa de EPS para 2025 de US$ 30. “Se estivermos certos, há um potencial de valorização bem mais significativo”, diz o banco. “Além disso, a nova política de dividendos deve atrair novos investidores para o nome nos próximos meses”, afirma.

Por outro lado, Alphabet (GOGL34), dona do Google, parece ser um investimento estagnado, com a pendência do Departamento de Justiça (DoJ) persistindo e sendo difícil acreditar em uma história de margens em expansão. Com isso, o banco recomenda venda para os ativos, com alta convicção.

Para a empresa multinacional taiwanesa de semicondutores TSMC (TSMC34), o BBA vê que ela está muito bem posicionada para se beneficiar da próxima fase de renovação da infraestrutura de semicondutores/hardware em resposta à Inteligência Artificial Generativa.

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O banco vê a TSMC usando sabiamente seu monopólio tecnológico a seu favor, não expandindo muito os gastos de capital enquanto cresce as receitas rapidamente. Embora o guidance da companhia implique em uma expansão de receita de 20%-25% este ano, os analistas não descartam a possibilidade de a TSMC alcançar uma aceleração na receita a ritmo de 40%-50%. Com a ação sendo negociada a 14 vezes o preço sobre o lucro esperado para 2025 (consenso Bloomberg), o BBA espera que a TSMC seja reavaliada para 20 vezes e tem recomendação de compra, com média convicção por não cobrir diretamente a ação.

Assim como no caso da TSMC, a única razão pela qual AMD e Intel (INTC) possuem recomendação com média convicção é porque o banco não tem cobertura oficial dos dois nomes – caso contrário, listaria como alta convicção. A recente queda na AMD abriu uma oportunidade, e o aumento nos gastos de capital de todas as techs (Google, Meta e Amazon revisando projeções para cima, Microsoft mantendo-se forte) provavelmente se traduzirá em receitas mais robustas para a AMD (e Nvidia).

Por outro lado, segundo o BBA, a Intel (ITLC34) foi uma grande decepção no último trimestre, sendo difícil mudar o momentum negativo, pelo menos até o próximo trimestre. Dessa forma, o BBA recomenda venda, com convicção média.

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O BBA tem recomendação de compra em Amazon (AMZO34) e Microsoft (MSFT34), mas de venda em Apple (AAPL34). O banco acredita que esta é uma recomendação mais arriscada e, portanto, a convicção é menor. A Amazon mais uma vez entregou números melhores do que o esperado, especialmente no guidance, e a boa história para o ano permanece. No entanto, dados alternativos têm sido fracos e parecem não considerar adequadamente as receitas relacionadas à IA, o que poderia trazer volatilidade.

Quanto à Microsoft, o banco vê espaço para superar mais vezes as receitas e margens, a base de sua recomendação positiva. Para Apple, analistas esperam ver mais pressão relacionada à China nas manchetes, e o caso do DoJ também é uma pendência.