BB Seguridade apresenta resultado do 2º trimestre considerado fraco e revisa projeções

Total de prêmios emitidos entre abril e junho deste ano foi de R$ 3,1 bilhões, 36% maior que o total emitido nos primeiros três meses de 2021

Equipe InfoMoney

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A BB Seguridade (BBSE3) teve no segundo trimestre deste ano lucro líquido de R$ 753,7 milhões resultado 23,2% menor que o registrado um ano antes e 22,8% inferior ao obtido no primeiro trimestre deste ano. O ganho teria sido de R$ 896 milhões, se expurgado o impacto da defasagem da inflação medida no IGP-M.

O total de prêmios emitidos entre abril e junho deste ano foi de R$ 3,1 bilhões, 36% maior que o total emitido nos primeiros três meses de 2021 e 22% a mais que no segundo trimestre do ano passado.

Conforme material distribuído pela holding de seguros e previdência do Banco do Brasil (BB) junto com o balanço, essa foi o “maior volume trimestral de prêmios desde a reestruturação da parceria, com mais de R$1 bilhão por mês”, no período.

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Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, o destaque de arrecadação coube às contribuições de previdência, que foram 64% maiores de abril a junho deste ano. Os prêmios de seguro rural emitidos no trimestre foram 32% maiores que um ano antes e, de seguro de vida, 24% maiores.

O índice combinado, que pondera a soma dos índices de sinistralidade e índice de despesas, avançou 81,4% para 89,9%, entre o primeiro e o segundo trimestre deste ano. Há um ano, havia sido de 77%. Abaixo de 100, o indicador aponta desempenho operacional positivo.

De acordo com a XP, a BB Seguridade publicou resultados fracos. A expectativa era de um lucro de R$ 944 milhões de consenso, com seis estimativas.

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O resultado foi impactado principalmente por: i) a operação de seguros, que ficou 50% abaixo numa comparação trimestral e 55% abaixo versus o mesmo período do ano anterior atingindo R$ 235 milhões, impulsionada por maiores sinistros de seguro de vida impactados pela pandemia Covid-19; e ii) pelo segmento de previdência, que apresentou resultado 80% inferior ao trimestre anterior e 82% ao ano, chegando a R$ 39 milhões, justificado pela diferença entre os índices de ativos e passivos que impactou o resultado financeiro do trimestre.

Impulsionada pela segunda onda Covid-19, a seguradora revisou para baixo sua orientação para 2021, com resultados operacionais revisados de entre 8% a 13% para entre 1% a 6% de crescimento. A revisão implica em um índice de sinistralidade maior, uma vez que os prêmios devem crescer acima das expectativas.

Apesar de já esperarem uma reação negativa do mercado, os analistas da XP mantiveram recomendação de compra e preço-alvo de R$ 35 para os papéis BBSE3, ou potencial de alta de 63,8% frente o fechamento de sexta, pois veem as ações como subvalorizadas e com um rendimento de dividendos atraente.

As ações chegaram a cair 2,90% na mínima do dia nesta segunda-feira (2). Já às 16h, o papel BBSE3 caía 1,36%, a R$ 21,08.

O Credit também destacou os números como negativos, com os resultados impactados por maior índice de sinistralidade na Brasilseg devido à Covid-19 e perdas na Brasilprev devido ao descasamento entre o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) e o Índices de Preços ao Consumidor (IPCA). Por outro lado, houve um bom desempenho operacional na BB Corretora (+ 15%).

Para o Itaú BBA, os resultados do segundo trimestre ficaram aquém, mas os analistas também seguem com recomendação outperform, com preço-alvo de R$ 32, ou potencial de alta de 49,75% em relação ao fechamento de sexta-feira (30).

(com Estadão Conteúdo)

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