Publicidade
SÃO PAULO – Seguindo os demais bancos e as fintechs nessa tendência, o Banco do Brasil está trabalhando com diversos projetos de serviços financeiros digitais. Um deles, o de cartões digitais, já apresenta aderência: nessa semana, atingiu a marca de 300 mil cartões emitidos e 1,3 milhão de compras realizadas com o cartão.
Ele é emitido através do aplicativo de celular ou pela internet, multibandeira e multifunções, e voltado para o comércio eletrônico. Funciona como uma versão “virtual” do cartão físico, para que, ao fazer uma compra pela internet, o cliente não precise informar os dados de segurança reais, apenas os virtuais. É possível customizá-lo totalmente, estabelecendo uma quantidade máxima de transações, limite de valor por transação e do cartão, entre outras características.
Além dos cartões digitais, o banco também já aderiu à tendência de pagamento NFC através do aplicativo Ourocard-e, fazendo com que o cliente dispense o cartão físico.
Continua depois da publicidade
Em entrevista ao InfoMoney¸ o vice-presidente de negócios de varejo do BB, Raul Moreira, afirmou que esses serviços garantem ao consumidor uma flexibilidade muito maior. “Isso traz uma nova fronteira, que é a garantir customização e a segurança necessárias. Antes, isso não acontecia”, disse.
Outros projetos
Outros projetos digitais estão na mira do BB: o financiamento de carros através do aplicativo e a integração da rede e atendimento ao mobile são alguns deles. “Nós já estamos transformando as agências físicas de alta renda em escritórios digitais. Metade dos nossos clientes já aderiram ao atendimento digital”, disse Raul.
O VP ainda afirmou que não é uma questão de criar tecnologia, pois ela já existe. “É uma questão cultural. Alguns ainda preferem o cartão físico, as agências, outros já aderiram ao digital”.
Continua depois da publicidade
Fintechs
Segundo Raul, o Banco do Brasil não vê as fintechs como ameaça, mas sim como uma oportunidade de melhorarem o serviço que já oferecem. “Não creio que vai ser criado um ambiente de competição entre as instituições e as fintechs, mas sim de colaboração. Acho que elas são capazes de agregar à nossa experiência, já que esse é o foco delas”, disse.
Ele também ressaltou que a legislação brasileira dificulta que as startups se tornem plataformas de pagamentos, já que a burocracia é grande. “Por isso acredito que a colaboração vai ser o melhor caminho”, disse.