[BB] Comentário da Semana: alívio das tensões no plano externo motivou recuperação

Internamente, a redução das incertezas no cenário político renovou o ânimo dos investidores brasileiros

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – A terceira semana de março foi marcada pela redução das tensões externas, que permitiram um desempenho positivo ao mercado brasileiro. Internamente, o noticiário político voltou ao centro das atenções.

Neste contexto, o Ibovespa teve forte alta de 3,14% na semana, enquanto o dólar comercial registrou queda de 0,75% e chegou a atingir seu patamar mais baixo em cinco anos. Os juros futuros recuaram, bem como o risco-país.

Cenário interno: quadro eleitoral começa a tomar forma

Com o alívio das tensões no plano internacional, a terceira semana de março foi de recuperação para o mercado brasileiro, com destaque para a redução das incertezas no cenário político, que viu o quadro para a corrida presidencial tomando forma.

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Fatos como a confirmação de Geraldo Alckmin como candidato do PSDB à presidência e um novo avanço do presidente Lula nas pesquisas de intenção de voto foram vistas de forma positiva pelo mercado, reduzindo as chances de alterações drásticas na política econômica do próximo governo.

No cenário econômico, a ata do Copom frustrou os investidores, que esperavam a sinalização de uma aceleração no processo de cortes na Selic, mas viram a manutenção do tom conservador. A expectativa do mercado para o próximo encontro é de um novo corte de 75 pontos base.

Por fim, a semana trouxe poucas novidades sobre à evolução dos preços no cenário doméstico, com a manutenção da tendência de desaceleração, após repique sazonal em janeiro.

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Cenário externo: juros norte-americanos em destaque

No cenário externo, o comportamento do juro de longo prazo norte-americano permaneceu sob foco. Após forte alta na semana anterior, o rendimento dos títulos do Tesouro dos EUA, que é referência para as taxas de juros de longo prazo, recuou, reagindo às notícias do plano econômico.

Entre elas, a indicação de que a inflação ao consumidor estaria sob controle, dada pelo Índice de Preços ao Consumidor na quinta-feira, e a fraca performance das vendas no varejo, divulgada na terça-feira e que também reduz as preocupações com as pressões inflacionárias.

Bolsa sobe e dólar cai na semana

O dólar comercial encerrou a semana em queda de 0,75%, sendo cotado a R$ 2,1250 no fechamento de sexta-feira, quando acabou encerrando em valorização de 0,81%. A paralisação dos leilões de swap cambial reverso do BC pressionou a moeda.

No mercado de juros futuros, o contrato com vencimento em janeiro de 2007, que apresenta maior liquidez, projetou taxa de 15,04% na sexta-feira, pouco abaixo da taxa de 15,11% do encerramento da semana anterior. Já a taxa anual do CDB pré-fixado de 30 dias fechou a 16,34%, abaixo dos 16,51% do encerramento da semana passada.

Finalmente, o Ibovespa, principal índice da bolsa paulista, encerrou a semana em alta de 3,14%, sendo cotado a 38.049 pontos. Após forte queda na semana anterior, o índice se recuperou, impulsionado pelo alívio das tensões no cenário externo.

Próxima semana: IPCA-15 sai na sexta-feira

Na quarta semana de março, os investidores devem ficar atentos à divulgação dos números do IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15), além da Pesquisa Mensal do Comércio e da Pesquisa Mensal do Emprego. Todos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Nos Estados Unidos, o destaque é o PPI, ou o Índice de Preços ao Produtor, que sai na terça-feira.