Barclays: momento não é bom para ação da Cetip, mas futuro será melhor

Banco afirma que há boas oportunidades com mercado secundário de dívida, hipotecas imobiliárias e derivativos

Renato Rostás

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SÃO PAULO – Apesar de ter se encontrado com a administração da empresa e percebido boas estimativas para sua operação no médio e longo prazos, o Barclays acredita que o momento para a ação da Cetip (CTIP3) não é dos melhores. “Esperamos que ela opere de lado e cautelosamente nos próximos três ou quatro meses”, diz o relatório.

Henrique Caldeira, chefe da equipe de análise do setor, afirma que catalisadores negativos de curto prazo incluem uma competição mais acirrada e o uso de medidas não tradicionais pelo Banco Central para o ciclo de afrouxo monetário. No pregão desta quinta-feira (5), os papéis recuaram 2,01%, cotados a R$ 29,20, enquanto o Ibovespa subiu 0,26%. Nos últimos 30 dias, os ativos da companhia acumulam perdas de 11,16%, ante recuo de 2,19%.

Entre as projeções da própria casa de liquidação, a venda de dados do mercado deve trazer expansão de 20% na receita líquida da Cetip, contra expectativa de 17% do Barclays.

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Projeção otimista
Mesmo que atualmente o clima não seja tão positivo para as ações, a projeção futura do banco é otimista. A companhia está desenvolvendo uma nova plataforma de negociações para o mercado secundário da dívida. Além disso, a parceria com a ICE pode trazer novos tipos de negociação com derivativos, mas ainda está em tratativas iniciais.

“Não acreditamos que a Cetip vise a desafiar a liquidez já existente dos contratos da BM&F”, avalia o banco, prevendo que a concorrência pode ser mais branda por conta dessa diferença. Outra oportunidade pode estar presente no depósito e registro de hipotecas imobiliárias, afirma o Barclays.