B3 (B3SA3): BBI não espera impacto material nas médias de negociação com novos preços

B3 anunciou novas políticas de tarifação para os serviços de negociação e pós-negociação

Felipe Moreira

B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

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A B3 (B3SA3) divulgou na última quinta-feira (18) novas políticas de tarifação para os serviços de negociação e pós-negociação, e central depositária no mercado à vista de renda variável.

Segundo a empresa, os ajustes foram feitos para simplificar a estrutura de preços para diferentes perfis de clientes.

No novo modelo, as taxas de negociação e pós-negociação serão definidas com base no volume médio diário de negociação (ADTV) do mês anterior para cada investidor, que será válida para o mês seguinte, independentemente do tipo de investidor – ao contrário do modelo atual que tem preços diferenciados para clientes institucionais locais e outras classes.

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O Bradesco BBI não espera que os novos preços alterem materialmente as taxas médias de negociação e pós-negociação da empresa no atual cenário de volumes, uma vez que os backtests (estratégia que se vale de dados históricos a fim de determinar o desfecho de um acontecimento) realizados pela B3 utilizando dados de 2023 mostraram que o impacto financeiro não é considerado material para a companhia.

Alternativamente, o BBI destaca que para níveis mais elevados do ADTV, a nova tabela sugere descontos maiores, o que pode fazer com que o crescimento da receita fique atrás do crescimento dos volumes, especialmente para volumes maiores.

O banco ainda ressalta que o crescimento dos volumes negociados historicamente superou o crescimento da receita total da B3, com taxas médias de negociação tendendo a cair em tempo.

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Do lado positivo para a empresa, o banco pontua que as alterações propostas nos preços podem criar um ambiente mais difícil para a entrada de potenciais concorrentes no segmento.