B2W dispara 6% com recomendação; Dasa sobe pelo 4° dia; ALL vive “inferno astral”

Oi sobe após 4 pregões no negativo; Eletropaulo e Cemig lideram perdas do Ibovespa

Paula Barra

Publicidade

SÃO PAULO –  O Ibovespa acompanha o dia positivo nos mercados internacionais e registrava alta de 0,19% às 13h28 (horário de Brasília), a 50.218 pontos. Entre os maiores ganhos do índice, figuravam as ações da B2W (BTOW3), Embraer (EMBR3) e Diagnósticos da América (DASA3), com valorizações de 5,80%, 3,61% e 3,32%, respectivamente, sendo cotadas a R$ 16,59, R$ 18,39 e R$ 13,38

Esse é o quarto pregão seguido de alta das ações da Dasa, que acumulam no período ganhos de 10%. Na semana passada, a empresa, que é dona do Delboni Auriemo e Lavoisier, teve aval do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para incorporação da MD1 – do grupo Amil -, com restrições, que incluem venda de um conjunto de ativos, além de impedimento temporal de novas aquisições.

No caso da B2W, operadores disseram à Agência Estado que o Santander elevou a recomendação da empresa de venda para manutenção, citando que a reestruturação operacional da empresa deve posicioná-la como uma das melhores companhias de comércio eletrônico da América Latina. 

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Oi sobe após 4 pregões no negativo
Ainda do lado positivo do índice aparecem as ações da Oi (OIBR3; OIBR4), que sobem pela primeira vez após quatro pregões de quedas. Os papéis ordinários registram ganhos de 2,75%, a R$ 3,73, enquanto os preferenciais avançam 1,69%, a R$ 3,60.

Na véspera, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) oficializou a determinação de que a Telefónica escolha entre a venda de uma fatia de 50% na Vivo (VIVT4) ou a desistência de sua posição acionária na Telecom Italia, dona da TIM (TIMP3). Recentemente, o presidente da TIM Brasil, Rodrigo Abreu, disse que a decisão do Cade pode causar reflexos indiretos da fusão entre a Portugal Telecom e Oi.

Além disso, a união entre a brasileira e Portugal Telecom também foi colocada em xeque pela Amec (Associação de Investidores no Mercados de Capitais), que encaminhou à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e ao Ministério Público uma carta em que pede a análise minuciosa da fusão. Para os acionistas, o modo como a operação foi estruturada poderá levar a diluição injustificada dos minoritários e trará benefícios apenas aos controladores da companhia.

Continua depois da publicidade

Eletropaulo e Cemig lideram perdas do Ibovespa
Do lado oposto, aparecem as ações do setor de energia elétrica, com destaque para Eletropaulo (ELPL4) e Cemig (CMIG4), liderando as perdas do Ibovespa, com quedas de 4,23% e 2,07%, respectivamente, a R$ 9,29 e R$ 17,94. Na sequência, aparecem os papéis da Light (LIGT3), que caem 1,26%, a R$ 21,13.

Nesta data, a Taesa (TAEE11, +0,79%, R$ 19,39) , do grupo Cemig, levou o lote A no último leilão de tramissão de energia de 2013, ao oferecer um desconto de 4,76% em relação à Receita Anual Permitida máxima definida para o certame e garantir uma receita de R$ 10,99 milhões por ano. O leilão teve apenas um lance e o lote B não recebeu nenhuma proposta e não foi licitado.

O “inferno astral” da ALL
As ações da ALL (ALLL3) caminham para sua quarta queda consecutiva, acumulando no período perdas de 4,8%. Somente neste pregão, os papéis recuam 2,57%, a R$ 6,82. No acumulado do ano, a queda é de mais de 16,55%, sendo que somente de setembro para cá, a desvalorização ultrapassa 20%.

Acidentes, perda de concessão e briga com um cliente trouxe uma sucessão de revezes para a ALL (ALLL3), que tem afetado a imagem da companhia em 2013. O último e mais trágico acontecimento do “inferno astral” da companhia se deu no dia 25 de novembro, com o descarrilamento de um trem carregado de grãos em São José do Rio Preto (SP), deixando oito mortos. Para completar, o ministro dos Transportes, César Borges, afirmou na última quarta-feira que a empresa não fez a manutenção preventiva adequada na ferrovia onde houve o acidente e pediu para que a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) intensifique a fiscalização.

GPC sobe após ter plano de recuperação aprovado
Fora do índice, chama atenção as ações do Grupo Peixoto de Castro (GPCP3), que sobem 7,69%, a R$ 0,56, depois de atingirem ganho máximo de 15,38%, a R$ 0,60, nesta sessão. No mesmo horário, o volume financeiro movimentado com o papel alcançava R$ 1,067 milhão, bem acima da média diária dos últimos 21 pregões, que gira em torno de R$ 700 mil. 

A empresa teve seu plano de recuperação judicial aprovado e homologado na 7ª Vara Empresarial da Capital do Estado do Rio de Janeiro. A ação foi feita em conjunto com suas empresas controladas, a Apolo Tubos e Equipamentos e GPC Química. 

Via Varejo cai; units ficarem abaixo do estimado em oferta
Do lado negativo, as ações da Via Varejo (VVAR3) caem 5%, sendo cotadas a R$ 9,50. A empresa movimentou R$ 2,845 bilhões em sua oferta secundária de units, na segunda maior transação do mercado acionário brasileiro em 2013. Mas, apesar do volume, as units da oferta foram precificadas a R$ 23, abaixo da faixa de R$ 25,60 e R$ 33,60 fixada pelos coordenadores. 

Segundo uma fonte com conhecimento no assunto, a demanda superou a oferta em até 2,5 vezes com o ativo a esse preço. Acima desse patamar, porém, a procura foi reduzida substancialmente, apontando apetite dos investidores apenas mediante um desconto sobre o piso da faixa indicativa.