Gol dispara quase 12% e Azul salta 5% após parceria reacender sinal de possível fusão

A parceria inclui as rotas domésticas exclusivas, ou seja, operadas por uma das duas empresas e não a outra

Equipe InfoMoney

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As companhias aéreas Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) viram ações dispararem na Bolsa brasileira nesta sexta-feira (24), após as companhias anunciarem na véspera um acordo de cooperação comercial que vai conectar as suas malhas aéreas no Brasil por meio de um codeshare.

Investidores interpretaram o movimento como uma sinalização de possível união das empresas aéreas. Como consequência, AZUL4 subiu 5,18%, para R$ 10,36, enquanto GOLL4 disparou 11,9%, para R$ 1,41.

A parceria inclui as rotas domésticas exclusivas, ou seja, operadas por uma das duas empresas e não a outra, englobando mais de 150 destinos operados pelas duas companhias aéreas.

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De acordo com o Bradesco BBI, este anúncio de codeshare pode ser um novo passo em direção a uma potencial fusão entre as duas empresas.

“Este acordo parece mais robusto se comparado ao assinado entre a Azul e o Grupo LATAM Airlines em agosto de 2020, visto que não envolvia os programas de passageiro frequente e era restrito a 64 rotas de voos domésticos”, aponta o banco, que continua preferindo a Azul à Gol, uma vez que os acionistas minoritários da última companhia provavelmente sofrerão uma enorme diluição patrimonial devido à conversão de dívida em capital em meio ao processo de Chapter 11 nos EUA.

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O Itaú BBA vê a notícia como positiva para a Azul, pois: i) reforça o ambiente competitivo positivo no espaço aéreo brasileiro; e ii) poderá desbloquear receitas adicionais para a Azul dada a maior conectividade criada pelo codeshare.

“Observamos que este acordo não depende de aprovação antitruste. Além disso, esta notícia poderá aumentar a percepção dos investidores sobre a possibilidade de uma fusão entre as companhias aéreas. Dado que a Azul voa sozinha em mais de 80% das suas rotas, a combinação dos seus negócios poderia desbloquear sinergias substanciais de receitas, além da economia de custos para a empresa combinada”, apontam os analistas do BBA.