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Mesmo após a valorização expressiva das ações — uma alta de 395% desde janeiro de 2024 — a XP Investimentos atualizou suas estimativas para a Aura Minerals (AURA33), reiterando a recomendação de compra e estabelecendo um novo preço-alvo de R$ 70,00 por BDR (recibos de ações internacionais negociados no Brasil) para 2025.
A recomendação está apoiada na perspectiva positiva para o ouro, diante do aumento dos riscos geopolíticos, que levou a uma revisão da curva futura do metal na metodologia de precificação da XP.
O time de análise da XP também menciona a criação contínua de valor via projetos de alto retorno, com conversão de recursos em reservas e extensão da duração do portfólio de ativos, bem como a oferta pública planejada na Nasdaq, que tende a melhorar a liquidez dos papéis e endereçar um dos principais pontos levantados por investidores.
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A XP vê o valuation da Aura ainda atrativo, com múltiplos estimados de 3,8 vezes Valor da Firma (EV)/EBITDA e 5,2 vezes Preço/Lucro para 2026, além de uma TIR (taxa interna de retorno) nominal implícita em dólares de 20,5%, bem acima do custo de capital estimado (Ke) de 12,5%.
Alavancagem ao ouro e expansão do portfólio
Segundo os analistas, cerca de 60% do desempenho das ações em 2024 foi impulsionado pela alta do ouro, 10% por variações cambiais e 30% por entregas específicas da companhia.
A XP destaca que a Aura tem conseguido compensar o esgotamento natural de minas por meio da conversão de recursos em reservas e alocar capital em projetos com potencial de agregação de valor, como Almas, Borborema, Cerro Blanco, Matupá e a aquisição de Serra Grande.
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Em um cenário mais otimista, o preço-alvo poderia subir para R$ 87 por BDR considerando 100% dos recursos medidos, indicados e inferidos (M&I&I), ou R$ 84,5 por BDR com a inclusão plena dos projetos Cerro Blanco e Matupá.
Revisão nas premissas do ouro
A XP Investimentos revisou novamente para cima suas premissas de longo prazo para o preço do ouro, refletindo o aumento das compras do metal por bancos centrais, os riscos geopolíticos e inflacionários no cenário global, a tendência contínua de desdolarização e as expectativas do mercado para um desempenho positivo do ouro em 2025.
Os analistas destacam ainda o potencial positivo da oferta pública nos EUA, com listagem planejada na Nasdaq, já com registro protocolado. O movimento é visto como um catalisador importante para aumentar a liquidez dos papéis, um dos principais entraves apontados por investidores na tese de Aura.
Em resumo, mesmo após a forte alta no ano, a XP vê potencial adicional de valorização das ações da Aura, sustentado pela combinação de fundamentos sólidos, valorização do ouro e eventos corporativos estratégicos.