Ata do Copom, IPCA-15, discussão sobre preços dos combustíveis e falas do Fed: o que acompanhar na semana

Tudo o que o investidor precisa saber antes de operar na semana

Lara Rizério

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Após uma última semana curta, mas cheia de acontecimentos importantes, como a alta de juros pelo mundo (incluindo no Brasil e nos Estados Unidos) para conter o avanço da inflação, além do reajuste de combustíveis que aumentou a pressão política sobre a Petrobras (PETR3;PETR4), os próximos dias também terão importantes acontecimentos que serão monitorados de perto pelo mercado.

Na frente política, as discussões a respeito dos preços dos combustíveis permanecerão em foco. Conforme destacou o Broadcast, a ofensiva do Congresso contra a Petrobras colocou na mesa das negociações a proposta de taxação das exportações brasileiras de petróleo. A ideia é que a sua arrecadação seja usada para bancar a redução dos preços dos combustíveis.

A proposta será discutida na reunião de líderes dos partidos que o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), convocou para a próxima segunda-feira (20) para discutir a política de preços da Petrobras, hoje atrelada ao mercado internacional.

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Na agenda doméstica da semana, atenção para a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) – que elevou a Selic em 0,5 ponto, para 13,25% ao ano. No comunicado que acompanhou o anúncio da decisão, o Banco Central projetou novo ajuste na taxa básica de juros de igual ou menor magnitude. A ata será publicada na terça-feira (21), podendo trazer novas informações sobre suas próximas decisões e o ponto terminal da Selic.

A visão do comitê sobre o cenário também será destrinchada um pouco mais em uma coletiva de imprensa sobre
política monetária no dia 23 de junho, quinta-feira, aponta o Itaú (o Relatório Trimestral de Inflação completo sairá em 30 de junho).

Já o IPCA-15, considerado uma prévia da inflação oficial, para junho será divulgado na sexta-feira (24). O Itaú antecipa um aumento mensal de 0,74%, levando a taxa anual a 12,10% (de 12,20% em maio). O Bradesco espera uma alta mensal de 0,73%, com núcleos ainda pressionados.

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Sobre a atividade econômica, o Itaú destaca que a semana será relativamente vazia, com apenas a pesquisa de
confiança dos consumidores da FGV referente a junho, a ser divulgada na sexta.

No radar corporativo, após a reorganização societária do banco Inter (BIDI11), que levou as ações da instituição a seu último dia de negociação na B3 na última sexta-feira (17), a conversão para a Nasdaq ocorre na segunda (20), para que as ações sejam listadas e comecem a ser negociadas por lá a partir de quinta-feira.

No exterior, após o feriado na segunda em Wall Street, atenção para discursos de membros do Federal Reserve e primeiras sondagens de junho. Jerome Powell, presidente do Fed, fala no Senado americano na quarta (22) e na Câmara na quinta (23), enquanto diversos presidentes regionais discursam ao longo da semana.

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Cabe destacar que, na última quarta feira (15), o Fed elevou a taxa de juros em 0,75 ponto percentual, confirmando as expectativas que tinham se alterado no início da semana. As projeções oficiais para a inflação e para a evolução da taxa de juros foram revisadas significativamente para cima, indicando que a política monetária deverá permanecer em terreno restritivo até 2024. “Para a próxima reunião, antevemos novo ajuste de mesma magnitude, encerrando o ciclo ao redor de 4% no ano que vem”, aponta o Bradesco. Um dia após a decisão, na quinta passada, houve um movimento de aversão ao risco no mercado em meio aos temores de que a rápida elevação dos juros possam levar a economia americana a uma recessão.

Na quinta feira são divulgadas as primeiras leituras do índice PMI industrial de junho da Área do Euro, do Reino Unido e dos EUA. Destaca-se ainda a reunião de política monetária do banco central chinês, na segunda-feira.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.