As 7 notícias que devem agitar o noticiário corporativo além da S&P

Fundo Carlyle põe controle da CVC à venda e oferece para Smiles, da Gol, diz o Estadão; Magazine Luiza propõe grupamento de ações, MMX consegue acordo com MRS e British American Tobacco lança oferta para compra de ações da Souza Cruz

Lara Rizério

Publicidade

SÃO PAULO – Os mercados estão de olho no anúncio do rating do Brasil pela Standard & Poor’s, mas o noticiário político segue movimentado. Confira as principais notícias corporativas desta quinta-feira (10):

CVC (CVCB3)
A agência de turismo CVC, controlada pelo fundo americano de private equity Carlyle, está em conversas com investidores estratégicos para a venda de seu controle, apurou   Estado de S. Paulo. A operadora entrou em negociações com o Smiles, empresa de milhagem controlada pela companhia aérea Gol, mas as conversas ainda esbarram no valor do negócio, de acordo com fontes próximas ao assunto.

Magazine Luiza (MGLU3
O Magazine Luiza propôs o grupamento de ações de oito para um. Por meio da operação proposta, será realizado o grupamento da totalidade das atuais 177.991.467 ações ordinárias, todas nominativas, escriturais e sem valor nominal. O grupamento será operacionalizado e efetivado pela Administração da Companhia preservando todos os direitos e vantagens dos Acionistas.

Continua depois da publicidade

Mangels (MGEL4
A Mangels informou que Antonio Farina passou a deter 1.646.000 ações preferenciais em 31.08.2015, representativas de 14,77% das ações preferencias de emissão da companhia. A aquisição de ações preferenciais de emissão da companhia foi feita por motivo de investimento a longo prazo, diz o comunicado.

MMX Mineração (MMXM3)
A MRS Logística chegou a acordo com a MMX Mineração, do empresário Eike Batista, em um tribunal arbitral constituído para resolver um litígio bilionário entre as duas companhias.

A MRS tenta cobrar da MMX uma dívida que já foi estimada em até R$ 1 bilhão por descumprimento, por parte da mineradora, de um contrato firme de transporte de minério de ferro estabelecido entre duas as partes em 2011. Segundo o Valor, o montante a ser recebido pela MRS da MMX será bem inferior a R$ 1 bilhão, podendo ficar na casa de R$ 200 milhões.

Continua depois da publicidade

Petrobras (PETR3;PETR4)
A Petrobras afirmou em comunicado que está negociando a adequação de sondas a
plano de 2019. O comunicado destaca que a estatal possui atualmente 28 contratos de afretamento de sondas com a Sete Brasil, assinados em junho de 2011 (7 sondas) e agosto de 2012 (21 sondas) e que totalizam US$ 89 bilhões por prazos de 10 anos (5 sondas), 15 anos (21 sondas) e 20 anos (2 sondas).

“Há tratativas em curso que preveem uma adequação do número de sondas à necessidade de equipamentos prevista no Plano de Negócios e Gestão 2015-2019 da Petrobras. Eventual aprovação da revisão dos contratos estará sujeita às normas de governança corporativa e conformidade da Petrobras, bem como à aprovação pelos seus órgãos competentes”, afirmou em comunicado. 

Souza Cruz (CRUZ3)
A British American Tobacco lança oferta para compra de ações da Souza Cruz por R$ 27,62 por ação, segundo edital publicado na edição desta quinta-feira do Valor Econômico. 
O leilão será realizado em 15 de outubro, às 15 horas. 

Continua depois da publicidade

CCR (CCRO3)
A CCR informou em comunicado que espera a reversão integral da decisão judicial que cancelou um aditivo no contrato com a Autoban, que causaria o vencimento antecipado da concessão de 2026 para 2018, por conta de R$ 2 bilhões em benefício econômico indevido, segundo auditoria, que serviria para imputar ganhos de R$ 600 milhões só na Anhanguera-Bandeirantes. O pedido de anulação foi feito pelo governo Geraldo Alckmin e pela Artesp, a agência estadual responsável pelas rodovias. 

Diante desse risco de “perder” a concessão, os papéis CCRO3 desabaram 6,76% na terça-feira.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.