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Depois de muita expectativa do mercado, a Petrobras (PETR3;PETR4) anunciou dividendos extraordinários para 2024 e seu plano de negócios 2025-2029. “Ambos vieram em linha”, disse Regis Cardoso, analista de óleo e gás da XP, durante o programa Morning Call da XP nesta sexta (22).
Com os anúncios, eliminaram-se riscos negativos, de acordo com a XP. “O valor de R$ 20 bilhões (de dividendos extraordinários) dá cerca de US$ 3,5 bilhões e é, justamente, o que havíamos calculado que seria necessário para atender a expectativa, que estava implícito lá no Orçamento do governo”, comentou o analista.
A XP estimava uma divisão de dividendos, tanto ordinários como extraordinários, ao longo do plano de negócios, de US$ 64 bilhões. “E o plano da Petrobras fala em dividendos entre US$ 50 bilhões e US$ 65 bilhões no período – também bastante em linha com a nossa expectativa”, afirmou.
Evolução do plano anterior
Para Regis Cardoso, o plano de negócios é uma evolução do plano anterior. “Não é uma revolução”, afirmou. “A produção ficou muito parecida com o plano anterior. Houve um incremento de produção no curto prazo esperado para 2025, que levou algum ajuste para cima, favorável às nossas estimativas de resultado de geração de caixa livre, inclusive de dividendos”, destacou.
No plano de negócios, os investimentos alcançam US$ 111 bilhões, um incremento de US$ 9 bilhões em relação ao plano anterior, destacou o analista. “Ele é dividido em dois portfólios: um que já está em implementação de US$ 98 bilhões e um outro em avaliação de US$ 13 bilhões”, ressaltou.
Surpresa positiva
Uma surpresa no plano, segundo análise da XP, foi a redução da exigência de caixa mínimo para US$ 6 bilhões, ao mesmo tempo que o teto da dívida bruta foi aumentado para US$ 75 bilhões.
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“Esses anúncios são positivos porque eles permitem mais flexibilidade para a Petrobras de momentaneamente ultrapassar esse limite, inclusive no pagamento de dividendos extraordinários”, afirmou.
O analista da XP disse ainda que vê alguns aspectos que podem ser mais positivos do que estão implícitos no plano da Petrobras, sobretudo relacionado à execução.
Nesse cenário, a XP reitera recomendação de compra para a Petrobras, com preço-alvo de R$ 46 para a ação PETR4.