Aneel nega recurso da Eletropaulo; Petrobras e mais 6 notícias agitam o dia

Ainda entre os destaques, a Eletrobras reportou prejuízo consolidado de R$ 105 milhões no 2° trimestre, pressionada por custos maiores gerados por energia comprada para revenda

Paula Barra

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SÃO PAULO – Em meio à temporada de balanços e uma série de outras notícias corporativas, a quarta-feira (13) inicia agitada no mercado brasileiro. Em destaque entre as empresas que reportaram seus resultados, a Eletrobras (ELET3; ELET6) encerrou o segundo trimestre com prejuízo consolidado de R$ 105 milhões, revertendo resultado positivo de um ano antes pressionada por custos maiores gerados por energia comprada para revenda. Além dela, a Marfrig (MRFG3) – também do Ibovespa – divulgou seu resultado nesta manhã.

Fora da temporada, chama atenção a notícia de que a diretoria da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) negou na terça-feira novo recurso da Eletropaulo (ELPL4) e manteve decisão anterior que determina à empresa a devolução de cerca de R$ 626 milhões a seus consumidores. A devolução refere-se à incorporação, incorreta, na visão da Aneel, de cerca de 246 mil metros de cabos que haviam sido contabilizados entre os ativos da empresa. A devolução pode ocorrer em até quatro anos. O valor correspondente à metade da quantia já foi acertado com a aplicação de índice de reajuste aprovado no início de julho pela Aneel.

Petrobras
A Petrobras (PETR3; PETR4) deve reduzir as importações de diesel da Ásia em ao menos um terço no próximo ano uma vez que a nova capacidade de refino e embarques vindos dos Estados Unidos serão capazes de atender à demanda doméstica, disseram fontes da indústria. A empresa deve reduzir as importações de diesel em 100 mil toneladas por mês, para cerca de 170 mil a 300 mil toneladas por mês até o próximo ano, disse uma das fontes próxima à empresa.  A Petrobras importa a maior parte de seu diesel asiático da Índia, através de contratos a termo. O diesel é o combustível mais usado na Ásia, principalmente em transporte, indústria e agricultura.

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Cesp
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) vê risco de “colapso” no abastecimento de água de cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, causado pela decisão unilateral da Cesp (CESP6) de reduzir a vazão da hidrelétrica de Jaguari. Em nota, o ONS afirmou nesta terça-feira que a Cesp adotou a decisão unilateral de reduzir a vazão da usina de Jaguari de 30 para 10 metros cúbicos por segundo, apesar do operador ter considerado a redução inviável. Segundo o ONS, a redução causará “o esvaziamento dos reservatórios de Paraibuna, Santa Branca e Funil antes do final.

BB
O Banco do Brasil (BBAS3) informou ontem que aprovou a parceria com a Votorantim Finanças e o Banco Votorantim. A parceria visa a ampliação da capacidade comercial e de prospecção de novos negócios por correspondentes bancários.

Gol
A Gol (GOLL4) comunicou na véspera que celebrou acordo de compartilhamento de voos com a Aeromexico, a maior companhia área mexicana. O acordo ainda depende da aprovação da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). 
“Parcerias de codeshare como esta permitem que a Gol amplie sua presença em importantes mercados no exterior, como o México, e passe a oferecer cada vez mais benefícios para nossos clientes”, disse Alberto Fajerman, Diretor de Relações Institucionais da Gol, em comunicado ao mercado, enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

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BHG
A BHG (BHGR3) informou que o Morgan Stanley, por meio de suas subsidiárias Morgan Stanley Uruguay e Caieras Fundo de Investimento, atingiram, de forma agregada, 3.605.983 de ações de emissão da companhia, equivalente a 5,7% ao número total de ações ordinárias da companhia. Em comunicado, o Morgan declara que a aquisição da participação não se trata de aquisição de controle da companhia, mas sim de investimento que não busca alterar a administração, composição do controle ou funcionamento da mesma.  

(Com Reuters)