Aneel cobra explicações da Equatorial após blecaute no Piauí; XP eleva preço-alvo de Petrobras com Opep+ e mais notícias

Confira os destaques do noticiário corporativo na sessão desta quarta-feira (6)

Equipe InfoMoney

(Divulgação Petrobras)

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SÃO PAULO – O radar corporativo desta quarta-feira (6) tem como destaque a Suzano concluindo a venda de terras para a Bracell e a reação das ações ao acordo da Opep+, com a XP elevando o preço-alvo para a Petrobras. A XP também iniciou cobertura para as ações da JHSF com recomendação de compra.

Já a a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) disse na última terça-feira que cobrou explicações da Equatorial Energia, distribuidora responsável pelo suprimento em Teresina (PI), após um blecaute atingir a região na virada do ano. A agência afirmou que abrirá um processo de fiscalização. Confira os destaques:

Suzano (SUZB3)

A Suzano concluiu a venda de terras para Bracell por R$ 1,057 bilhão, informou a companhia na noite da última terça-feira em comunicado ao mercado.

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Petrobras (PETR3;PETR4)

A XP elevou o preço-alvo para as ações da Petrobras de R$ 32 para R$ 35 (para ambas as classes de ações) e reiterou recomendação de compra com a conclusão da reunião da OPEP+, com anúncio de cortes voluntários de produção de petróleo pela Arábia Saudita.

“Vemos a notícia da Opep+ como positiva, por sinalizar menores pressões do lado da oferta de petróleo em um momento em que há potenciais incertezas de curto prazo relacionadas a fatores como o surgimento da nova cepa do vírus causador da Covid-19”, apontaram os analistas Gabriel Francisco e Maira Maldonado.

Para os analistas, o acordo espanta uma possível guerra de preços entre Arábia Saudita e Rússia, como havia ocorrido em março de 2020.

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“Apesar da eventual volatilidade de curto prazo relacionada à pandemia, mantemos nossa visão otimista para preços de petróleo no médio e longo prazo conforme avancem as vacinações para a Covid-19 ao redor do mundo”, destacaram.

Equatorial (EQTL3)

Após um blecaute atingir a região de Teresina na virada do ano, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) disse na terça que cobrou explicações da distribuidora responsável pelo suprimento local, Equatorial Energia, e que abrirá um processo de fiscalização.

As falhas de fornecimento, de 31 de dezembro a 3 de janeiro, foram causadas por chuvas e ventos e impactaram cerca de 71 mil unidades consumidoras, segundo o órgão regulador.

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Em comunicado, a Aneel afirmou que deu prazo até 11 de janeiro para a Equatorial Piauí informar o total de consumidores afetados, bem como os equipamentos da rede afetados pela falha e as equipes emergenciais dedicadas para resolver o problema.

A Equatorial controla a distribuição de energia no Piauí desde meados de 2018, após ter comprado a concessionária local junto à estatal Eletrobras em um leilão de privatização.

EIG, TBG e Fluxys

A EIG Global Energy Partners fechou um acordo para a venda de sua participação de aproximadamente 27,5% na Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG) para a companhia belga Fluxys, disse na terça o CEO da norte-americana, sem revelar o valor do negócio.

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A TBG, que tem a Petrobras como sócia majoritária, com 51% de participação, possui e opera o trecho brasileiro do Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol), uma malha de cerca de 2.600 km, incluindo a principal rede de transporte de gás natural no Sul do Brasil.

A venda da participação na TBG encerra um conflito regulatório que poderia impedir uma oferta da EIG pela fatia de 51% no mesmo ativo que a Petrobras planeja vender, disse à Reuters o CEO Blair Thomas, em uma entrevista por videoconferência.

A operação de venda deve ser concluída em cerca de dois meses após o cumprimento das condições precedentes entre as partes, disse a EIG em um comunicado, destacando que irá atuar em cooperação estratégica com a Fluxys no mercado de infraestrutura de gás do Brasil.

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O lado boliviano do gasoduto –operado pela Gas TransBoliviano S.A. (GTB)–, no qual a EIG tem uma participação de 38%, será eventualmente vendido também, disse afirmou à Reuters o CEO da EIG, Blair Thomas, sem revelar mais detalhes.

Ambipar (AMBP3)

A Ambipar, especializada em resposta a emergências e gestão de resíduos ambientais, por meio de sua subsidiária Ambipar Holding USA, comprou a empresa CES, sediada no estado do Colorado, nos Estados Unidos.  O valor da compra não foi revelado.

Ainda no radar, a companhia prevê aceleração das receitas em 2021, devido em parte à crescente demanda por descontaminação de ambientes para prevenir a infecção por Covid-19.

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Segundo informações repassadas pela presidente-executiva da Ambipar, Cristina Andriotti, à agência internacional de notícias Reuters, desde novembro a companhia fechou contratos para atender empresas de grande porte no Brasil, incluindo uma cervejaria, uma cadeia de fast food e duas indústrias alimentícias, cujos nomes não foram revelados.

“A pandemia fez muitas empresas entenderem que alguns procedimentos deveriam ter sido sempre feitos de forma diferente”, disse Andriotti, referindo-se a medidas adicionais de higienização que, segundo ela, agora devem ser permanentes.

CCR (CCRO3)

A CCR divulgou dados sobre tráfego de veículos em estradas com pedágios que administra. Entre 18 e 24 de dezembro, houve queda de 0,4% no fluxo de veículos de passeio na comparação com o mesmo período do ano anterior. Houve alta de 17,9% no fluxo de veículos comerciais. No Cômputo geral, houve alta de 8%.

Em um período mais amplo, de 1 de janeiro a 24 de dezembro de 2020 houve queda de 14,6% no tráfego de veículos de passeio, e alta de 9% no tráfego comercial frente o mesmo período do ano anterior. No cômputo total houve queda de 2%.

Cosan (CSAN3)

A plataforma digital de serviços para caminhoneiros Trizy, controlada pela Cosan, anunciou a compra da startup paranaense B3 Agro, numa aposta para ampliar a base de clientes em meio à crescente demanda por serviços integrados de logística devido à pandemia da Covid-19.

JHSF (JHSF3)

A XP Investimentos iniciou a cobertura de JHSF com preço-alvo de R$ 9,70 por ação para 2021 e recomendação de compra. “Nossa visão construtiva para o papel é atribuída principalmente ao seu robusto potencial de crescimento, impulsionado pelo ambiente positivo para o setor imobiliário nos próximos anos bem como os recursos levantados em seu recente follow-on (oferta subsequente de ações)”, apontam os analistas.

Dommo (DMMO3)

A Dommo Energia informou que a produção de óleo do Campo de Tubarão Martelo atribuída à companhia foi de 52.714 barris em dezembro de 2020. Em novembro, havia sido de 51.892 e, em outubro, 57.108.

GOL (GOLL4)

A GOL Linhas Aéreas Inteligentes informou nesta terça que operou em média 476 voos por dia em dezembro, reabriu as bases de Jericoacoara, Caldas Novas e Cabo Frio e adicionou 2.052 operações nos aeroportos de Guarulhos e Congonhas em São Paulo, Santos Dumont e Galeão no Rio, em Brasília, Fortaleza e Salvador.

No mercado doméstico, a demanda de voos cresceu 33% em dezembro frente novembro. A oferta aumentou 38% na mesma comparação. A taxa de ocupação foi de 81% em dezembro, e a empresa não realizou voos internacionais durante o mesmo mês.

Dimed (PNVL3) e RaiaDrogasil (RADL3)

O Bradesco BBI comentou a notícia de que Conselho Federal de Farmácias e Abrafarma (Associação Brasileira de Farmácias e Drogarias) buscam diálogo com entidades para viabilizar a vacinação em farmácias. Na avaliação do banco, a medida poderia reduzir o número de postos de vacinação do governo, já que farmácias estão próximas a mais pessoas.

Ao menos 4.573 unidades de farmácias com espaços próprios para vacinação e 6.860 farmacêuticos se disponibilizaram a auxiliar na vacinação pelo Brasil, destaca o Bradesco. Na avaliação do banco, o movimento é uma oportunidade de acelerar a estrutura focada em eixos na qual muitas redes de farmácias vêm trabalhando.

O Bradesco afirma que vê o movimento como positivo para Panvel e RaiaDrogasil, porque pode resultar em consumidores reconhecendo farmácias como locais com infraestrutura que vai além de simplesmente fornecer medicamentos na rede de saúde. No longo prazo, isso pode resultar na oferta de cuidados primários de saúde.

O Bradesco ressalta, no entanto, que não prevê nenhum benefício financeiro advindo de acordos entre governo e farmácias no momento. O banco mantém avaliação de outperform (expectativa de ganhos acima da média do mercado) para a Dimed Distribuidora de Medicamentos, com preço-alvo de R$ 36, frente os R$ 21,10 negociados na terça (5); avaliação neutra (expectativa de valorização dentro da média do mercado) para a RaiaDrogasil, com preço-alvo de R$ 23,40, frente os R$ 24,96 da cotação de terça.

Exportações de minério

Segundo dados do governo, o Brasil exportou 6,5 milhões de toneladas de minério de ferro na semana de 28 e 31 de dezembro, uma média diária 1,6 milhões de toneladas no período, queda de 9% na comparação anual, e alta de 12% frente a média diária de novembro.

No mês de dezembro, as exportações foram de 33,2 milhões de toneladas, alta de 14% na comparação com novembro, e de 32% frente o mesmo período do ano anterior. Na avaliação do Bradesco BBI, a tendência na comparação anual continua positiva. Mas as exportações podem ser prejudicadas nos próximos meses, que devem ser mais chuvosos. Efeitos do fenômeno meteorológico La Niña também podem ser sentidos nos próximos meses.

(com Agência Estado, Bloomberg e Reuters)

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