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SÃO PAULO – A fabricante de cigarros Souza Cruz (CRUZ3) reportou ontem à noite seu resultado do primeiro trimestre. Sem grandes surpresas, o resultado da companhia veio em linha com o que o mercado já esperava: crescimento singelo na receita e lucro líquido. Números que não importam tanto agora em vista da OPA (Oferta Pública de Aquisição) de ações que está para ser realizada.
A opinião é do analista independente Flávio Conde, que vê na reavaliação do preço da oferta uma oportunidade para os investidores e recomenda a compra do papel. Para ele, o novo valor ser elevado entre 10% e 15%, indo para uma faixa entre R$ 28,60 e R$ 29,90.
Em 9 de abril, a companhia aprovou a realização de uma nova avaliação para determinação do valor das ações da companhia, o que significa que o valor deve aumentar proporcionando um ganho maior aos detentores das ações. O preço da oferta estava em R$ 26,13 e as ações fecharam a última segunda-feira (27) a R$ 25,99. “Quem não tem a ação pode comprar e esperar pelo novo valor”, disse.
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O estudo foi encomendado ao Credit Suisse, que tem até o dia 9 de maio para apresentar a avaliação. A avaliadora tem prazo de 30 dias para concluir o novo laudo de avaliação, cujo resultado será comunicado pela empresa ao mercado.
Sobre o resultado do primeiro trimestre, Conde diz que os números mostraram um crescimento baixo e, às vezes, com queda devido a fatores extraordinários como foi nesse primeiro trimestre com a antecipação por parte do varejo de compra de cigarros no final de dezembro para aproveitar o aumento de preços para o consumidor. Ele comenta que isso não deverá ocorrer mais no restante do ano e as vendas e lucros devem voltar ao patamar “normal”.
A empresa encerrou com lucro líquido de R$ 469 milhões no período, mas que só foi possível devido (já que tudo indicava que viria uma queda) a menor taxa efetiva de imposto de renda. A Souza Cruz pagou menos imposto sobre lucro, depois de abater o subsídio fiscal das suas operações em Cachoeirinha, na região metropolitana de Porto Alegre, e da Usina de Processamento de Fumo de Santa Cruz do Sul. O volume de vendas da empresa, no entanto, caiu 11,4% na comparação anual.