Analista da Brascan avalia como negativos dados da produção mundial de aço

Mesmo crescimento no Brasil tem viés negativo; corretora pede atenção aos números futuros, devido ao impacto nos preços

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Comentando os dados publicados pela World Steel Association nesta manhã, o analista Rodrigo Ferraz, da Brascan Corretora, ressaltou as novas sinalizações de desaceleração da economia chinesa e os dados negativos vindos da Europa e dos Estados Unidos.

Segundo ele, a produção de aço em julho reflete o esfriamento econômico da China, já que o país responde por 45% do volume global. Além disso, as novas quedas nas produções europeia e norte-americana também são vistas com viés negativo, dado que as duas regiões “servem de termômetro para a demanda de produtos da cadeia siderúrgica”.

Conforme os dados da World Steel, a produção global de aço caiu 3% entre junho e julho deste ano, com a Europa, a América do Norte e a Ásia registrando recuos de 8,3%, 4,2% e 2,5%, respectivamente.

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Brasil
Por outro lado, a produção brasileira subiu 3,5% na mesma base de comparação. “Normalmente acharíamos positivo este dado, mas em função da grande quantidade de estoques em distribuidores e na cadeia industrial, os números podem ser prejudiciais, especialmente para o segmento de planos, onde este processo se concentra”, avalia Ferraz, em relatório.

Segundo o analista da Brascan, a trajetória da produção siderúrgica deve ficar em foco nos próximos meses devido ao impacto nos preços do aço “em um ambiente de contração das margens operacionais” e também por seus reflexos na demanda de minério de ferro no mercado internacional.