Análise técnica: Ibovespa toma fôlego e segue para a resistência de 67 mil pontos

Menor volume na última semana e possível pivô de baixa em formação preocupa analista técnico; Dow Jones em congestão

Rafael Souza Ribeiro

Publicidade

SÃO PAULO – Depois de duas semanas no vermelho, o Ibovespa recuperou parcialmente as perdas verificadas nos últimos pregões de outubro e iniciou o penúltimo mês do ano com alta semanal de 4,74%, sustentado pela força da média móvel de 10 semanas, principal suporte do índice no gráfico semanal.

Apesar da importante recuperação, Christian Cayre, analista técnico do CHR Investor, ressalta o menor volume negociado na última semana em relação aos períodos de correção, independente do feriado de segunda-feira (2), uma vez que a tendência declinante também pode ser vista no gráfico semanal do Dow Jones.

A queda do volume fica ainda mais clara pelo gráfico diário a partir do dia 28 de outubro, quando o Ibovespa recuou 4,74% e marcou volume de R$ 6,42 bilhões. Deste dia em diante, o volume diário oscilou entre R$ 4 bilhões e R$ 4,5 bilhões.

Continua depois da publicidade

No gráfico diário, o índice voltou a esbarrar na máxima dos 65.000 pontos, por onde passa a LTA (Linha de Tendência de Alta) rompida na semana passada e marca a retração de 61,8% de um possível pivô de baixa em formação, avalia Cayre.

Pontos importantes

Para anular a figura, o índice deve ultrapassar a resistência dos 65.000 pontos, deixar para trás a LTB (Linha de Tendência de Baixa) feita entre os dias 16 e 23 de outubro e finalmente alcançar o topo na região dos 67.000 pontos.

Acima de 67.530 pontos (máxima anual), o Ibovespa desconfigura o padrão de baixa em formação e mira os 71.000 pontos, avalia Rodolfo Cavina, analista técnico da Gradual Investimentos. Acima deste patamar, próximas resistências em 72.500 pontos e 73.000 pontos.

Continua depois da publicidade

Permanecendo abaixo dos 65.000 pontos, o índice segue para os suportes em 63.846 pontos e 62.968 pontos, avalia Cayre, com principal na região dos 60.000 pontos.

O perímetro deve ser acompanhado de perto pelo trader, lembra o analista do CHR Investor, tendo em vista o pivô de baixa que pode ser acionado ao romper o suporte.

Dow Jones

Ganhando força no MACD Histograma diário, o índice norte-americano vem firmando uma possível congestão entre a máxima dos 10.000 pontos e o suporte em 9.450 pontos, avalia Cayre, uma vez respeitada a máxima de 2009 (10.119 pontos).

Continua depois da publicidade

Portanto, para confirmar a força de alta, o Dow Jones precisa encerrar o dia acima do topo anual, deixando para trás a congestão em forma de retângulo e rumo aos 10.200 pontos e 10.334 pontos, traça Cavina.

Do outro lado, se perder e fechar abaixo dos 9.924 pontos, poderá voltar ao suporte entre 9.679 pontos e 9.630 pontos. Na perda deste último, o índice deverá recuar aos 9.422 pontos, ressalta o analista técnico da Gradual.