Análise técnica: conheça as 10 “leis” de John Murphy e ganhe mais

Norte-americano, um dos mais lidos autores de análise técnica no mundo, detalha seus dez princípios básicos

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O norte-americano John Murphy é, atualmente, um dos mais lidos autores no segmento de análise técnica no mundo. Seu livro Technical Analysis of the Financial Markets é considerado por muitos como uma das mais importantes referências no setor, servindo de base para estratégias adotadas por milhares de investidores.

O atual diretor de análise técnica do site StockCharts.com e ex-diretor no mesmo segmento no banco de investimentos Merrill Lynch compilou as dez regras que considera como as mais importantes para utilizar a análise técnica na definição de sua estratégia no mercado de ações. São elas:

Mapear e acompanhar a tendência
Identificar a tendência do ativo, usando gráficos de médio e longo prazo é o passo inicial. Para Murphy, a análise de gráficos de curto prazo pode ser enganosa, devendo ser combinada com o estudo das tendências de longo prazo. Mesmo para quem negocia com uma perspectiva de curto prazo, é mais fácil ganhar ficando em linha com as tendências de médio e longo prazo.

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Uma vez que a tendência seja identificada, a segunda regra é segui-la de perto. Compre se a tendência for favorável e faça o inverso se a tendência for negativa. Enquanto os gráficos de médio e longo prazo definem a tendência, os de curto prazo mostram o timing.

Identifique suportes e resistências e meça as correções
O passo seguinte é identificar os pontos de suporte e resistência, já que o melhor ponto de compra é próximo aos níveis de suporte e, por outro lado, o melhor ponto de venda é perto da resistência. Lembre-se que se um ponto de resistência for rompido, ele torna-se o próximo ponto de suporte, com o inverso ocorrendo quando o suporte é rompido.

Busque identificar de forma quantitativa as reversões. Para Murphy, a reversão nos 50% da tendência é a mais comum, mas os níveis de 38% e 62%, medidos pelos números de Fibonacci, são muito utilizados e costumam trazer resultados.

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Desenhe linhas de tendência e acompanhe médias móveis
Uma quinta dica é a de sempre desenhar linhas de tendência, que, para Murphy, são as mais simples e efetivas ferramentas gráficas. Para traçar a linha em uma tendência de alta, use dois pontos sucessivos de baixa, com a linha da tendência de queda sendo baseada em dois picos seguidos de alta. Para uma linha ser significativa, Murphy acredita que deve ser tocada ao menos três vezes e, quanto mais vezes testada, mais importante ela se torna.

Acompanhe de perto também as médias móveis, que podem indicar sinais claros de compra ou venda. Além disso, elas indicam se a tendência continua e ajudam a confirmar uma alteração. O mais comum é usar uma combinação de duas médias, com as mais populares sendo 4 e 9 dias, 9 e 18 dias e 5 e 20 dias. Os sinais ocorrem quando a mais curta cruza a mais longa.

Indicadores de oscilação e o MACD
O sétimo passo é acompanhar os indicadores de oscilação, como, por exemplo, o Índice de Força Relativa (IFR) e o estocástico Para o IFR, a percepção é que números acima de 70 podem indicar um papel comprado, enquanto abaixo de 30 seria o daquele vendido em excesso.

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Murphy aconselha também o acompanhamento de perto do MACD, indicador que combina os componentes de um indicador de oscilação com o de um de médias móveis. Um sinal de compra ocorre quando a linha mais rápida cruza a mais lenta de baixo para cima, em situações onde ambas estão abaixo de zero. Para facilitar a possibilidade de mudança de tendência, o histograma de MACD aparece como uma alternativa interessante.

Força da tendência e sinais de confirmação
Para definir se uma tendência é significativa ou não, Murphy propõe sua nona dica: usar o indicador ADX, que mede a intensidade da tendência ou direção do mercado. No caso de um ADX crescente, fique de olho nas médias móveis, enquanto quando o inverso ocorre, a dica é acompanhar mais de perto os indicadores de oscilação.

Por fim, vale a pena confirmar se os sinais são realmente efetivos através do controle do volume (nos mercados a vista) e dos contratos em aberto (nos mercados futuros). É importante verificar que volumes significativos ocorram na tendência de alta, o que ajuda a confirmar a tendência.

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