América Móvil, do bilionário Carlos Slim, vai vender ativos no México

Decisão foi tomada para evitar novas regras que restrinjam a dominância da empresa sobre o setor; participação cairá para menos de 50%

Reuters

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CIDADE DO MÉXICO – A América Móvil afirmou nesta terça-feira que seu conselho aprovou a venda de ativos do grupo para reduzir a participação da empresa no mercado de telecomunicações do México para abaixo de 50 por cento. A decisão foi tomada para evitar novas regras que restrinjam a dominância da empresa sobre o setor.

A América Móvil, do bilionário mexicano Carlos Slim, tem operações em telefonia móvel, Internet e telefonia fixa. No Brasil, a empresa opera sob a marca Claro.

O conselho da empresa decidiu vender certos ativos para uma nova companhia independente da América Móvil, mas não especificou quais ativos.

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As companhias de Slim estão sendo forçadas a cortar custos que cobram de outras empresas para completar chamadas em sua rede e a compartilhar infraestrutura depois que um novo regulador do mercado mexicano declarou a empresa dominante nos setores de telefonia fixa e móvel.

O presidente do México, Enrique Peña Neto, apoiou uma reforma no setor de telecomunicações do país via Congresso no ano passado, que foi projetada para conter o domínio do grupo de Slim, bem como da emissora de televisão Televisa.

Qualquer desinvestimento será feito desde que as unidades de telefonia fixa e móvel da América Móvil não sejam mais declaradas como dominantes, afirmou a empresa. O grupo também afirmou que espera poder ter permissão para oferecer todos os tipos de serviços de telecomunicações, incluindo TV paga.

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As empresas de Slim não têm permissão para oferta de serviços de TV diante da dominância delas em outros mercados.

Separadamente, a empresa afirmou que venderá torres de telefonia celular e outras infraestruturas.

O anúncio da América Móvil ocorreu depois que a Câmara dos Deputados do México aprovou legislação necessária para reforçar os poderes do novo regulador do mercado.